Afirmam que a TAP “praticamente recusou fazer o serviço”
No final de julho, 238 adultos e três bebés fizeram a viagem direta desde a ilha de S. Bartolomeu, nas Caraíbas, até ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, na Maia. Pela primeira, fizeram o percurso sem escalas, fretando um avião da Hi Fly, uma companhia privada portuguesa, dado que, segundo os próprios a TAP “praticamente recusou fazer o serviço por apresentar um preço demasiado elevado”.
“Estou muito satisfeita porque assim a viagem foi mais rápida. Foram oito horas de voo que antes, com escalas em Amesterdão ou em Paris, demorava o dobro”, contou ao Jornal de Notícias Cristina Carvalho, há dez anos nas Antilhas francesas.
“É tudo gente do Minho, de Braga e Guimarães, mas também do Marco de Canaveses e de Baião”, explicou ao mesmo jornal Luís Ferreira, gerente da Essenci Travel, uma agência de viagens sede no Porto, e que juntamente com o cônsul e presidente da Associação Desportiva e Cultural Portuguesa de S. Bartolomeu, Albino Silva, conseguiu fretar o avião charter que costuma transportar a equipa do FC Porto nas suas deslocações.
O cônsul Albino Neiva Silva preferia que fosse a TAP a fazer o transporte, no entanto, pela resposta da transportadora portuguesa, que recentemente recebeu do estado um empréstimo que pode chegar a 1.200 milhões de euros, ficou com a sensação de que a companhia pública não queria fazer o transporte.
Por seu lado, a TAP afirma que é “impossível voar para todos os locais onde há portugueses” e que, “fazer a ligação a Portugal está fora de questões por razões comerciais”.
Numa área de 24 quilómetros quadrados vivem cerca de 2750 nortenhos. Todos regressam às Caraíbas a 31 de agosto. Os voos da Hi Fly serão retomados no Natal e na Páscoa, assim como no verão do próximo ano.