A autarca maiata manifesta-se preocupada e exige explicações sobre aquilo que considera ser uma insensibilidade social para com estudantes desfavorecidos.
“Para além de atrasar de forma indigna os pagamentos das bolsas de estudo, o Governo obrigou as diversas instituições de ensino superior a exigir aos alunos os comprovativos de pagamento dos seus alojamentos até ao final de dezembro sob pena de os complementos de alojamento serem retificados para zero”, acusa a vereadora da educação.
Lamenta que os estudantes bolseiros estejam sem receber os retroativos dos meses passados. “A situação é particularmente grave porque estamos a falar de estudantes vindos de famílias carenciadas”.
A gota de água, no entender de Emília Santos, foi a carta enviada pelo governo às instituições de Ensino Superior, em pleno período de Natal, com a ameaça de corte nos complementos de alojamento. “Uma autêntica ameaça, sem preocupação de saber se estes estudantes podem pagar os seus alojamentos”.
A autarca informa que a situação é tão grave que o próprio Reitor da Universidade do Porto, Sebastião Feyo, lhe manifestou a sua preocupação com a falta de alojamento para estudantes no Porto, pedindo colaboração à Maia para identificar edifícios para esse fim.