Emília Santos voltou à carga na questão da expansão do Metro do Porto, questionando novamente o Ministro do Ambiente.
A deputada maiata levantou várias questões a Matos Fernandes sobre os critérios e montantes previstos para a expansão da estrutura no Porto e em Lisboa, acusando o governo de só fazer obras no Porto se forem rentáveis, esquecendo os compromissos com as populações.
“Quero saber qual o montante de verbas previstas por este Governo para a rede de metro de ambas as regiões, para saber ao certo que valor atribuem à coesão territorial e correção de assimetrias”.
Para a deputada do PSD, o executivo socialista tem critérios diferentes para as obras em Lisboa e no Porto: “quero saber qual o montante de verbas previstas por este Governo para a rede de metro de ambas as regiões, para saber ao certo que valor atribuem à coesão territorial e correção de assimetrias” no Norte e no Centro, perguntou ontem no Parlamento. Afirmou ainda que o “governo tomou uma decisão puramente economicista, esquecendo a sua pretensa matriz social“.
Vale a pena recordar que o Governo anunciou ainda este mês, na Sede da Metro do Porto, um investimento de 290 milhões de euros, para a construção de uma nova linha urbana de metropolitano na cidade e o prolongamento da linha amarela até Vila D’ Este, em Vila Nova de Gaia. O ministro do Ambiente avançou ainda que serão efetuados estudos para uma terceira fase de expansão da rede, que irá incluir uma ligação ao centro de Gondomar, uma linha para o polo universitário da Asprela e outra que ligará a casa da Música até às Devesas, sendo que esta última, será acompanhada obrigatoriamente da construção de um nova ponte sobre o Douro.
“Vai ou não vai honrar os compromissos assumidos para com a população da Trofa?”
A ligação ferroviária entre a Trofa e a Trindade foi encerrada em 2002 com a promessa de ser substituída pela linha de Metro. Uma promessa que impera desde a 1ª fase, sem nunca ser cumprida. Lembrou, também, que a obra ficou completamente planeada, cabimentada e até com concursos públicos lançados pelo anterior Governo e que se trata inclusivamente de um compromisso eleitoral do PS.
A deputada eleita pelo Círculo do Porto voltou a questionar o Ministro, “vai ou não vai honrar os compromissos assumidos para com a população da Trofa?”. O Ministro não respondeu à questão.
A social-democrata acusou claramente o governo de se preocupar mais com os turistas do que com a população, ao definir o critério da rentabilidade como o prioritário na execução de obras, “como é o caso da expansão do metro entre a estação de São Bento e a Casa da Música”. De igual modo, a deputada maiata apelidou de “eleitoralista” o anúncio da expandir de novas linhas (Gondomar, Hospital S. João e Casa das Musica) só para depois de 2021, e apenas se houver financiamento europeu.
Recorde-se que a deputada tinha já questionado Matos Fernandes, sobre a construção da alternativa à EN14 e também não obteve resposta.