A Cerealis, empresa maiata do setor agroalimentar, está a ser acusada de impor um regime de laboração contínua por tempo indeterminado aos seus 15 trabalhadores da unidade da Trofa.
Segundo informações avançadas pelo Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB), reproduzidas pelo jornal ECO, a empresa não terá solicitado parecer à comissão sindical nem obteve autorização da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), tornando a situação ilegal.
O comunicado do sindicato sublinha que o regime de laboração contínua é uma medida excecional e que exige consulta aos trabalhadores. Além disso, é necessário pedir autorização à DGERT e ouvir a comissão sindical. Também de acordo com a nota de imprensa, a Cerealis tem autorização para este regime apenas nas fábricas de Coimbra, desde 2019, e do Freixo, no Porto, cuja autorização já caducou.
Ainda segundo o ECO, o SINTAB já solicitou a intervenção da Autoridade para as Condições no Trabalho e informou a DGERT sobre a situação, pedindo uma resposta rápida para evitar penalizações aos trabalhadores.
Recorde-se que, em novembro de 2022, os trabalhadores da unidade da Maia da Cerealis realizaram dois dias de greve, exigindo melhores condições de trabalho e aumentos salariais.