Várias empresas localizadas na Via Norte enviaram uma carta aberta ao ministro das Infraestruturas pedindo a reativação da linha de Leixões.
Numa carta a que a Lusa teve acesso, enviada ao ministro das Infraestruturas, João Galamba, os representantes das empresas localizadas na Via Norte pedem “um plano de ação relativo à reativação do transporte de passageiros na Linha ferroviária de Leixões”.
“A implementação de um sistema de transporte regular de passageiros na Linha de Leixões é um tema de grande importância para este grupo de empresas” que, referem, operam numa zona que “continua a ser uma das mais dinâmicas do país, empregando mais de 15 mil pessoas”.
Segundo as empresas, o dinamismo da zona “é atualmente apoiado por infraestruturas que ligam o Porto de Leixões [em Matosinhos] à Estação Ferroviária de Contumil [no Porto]”, mas que está em funcionamento apenas para mercadorias.
As empresas apontam ainda à “redução de emissões de CO2 [dióxido de carbono] provocada pela elevada circulação de viaturas automóveis utilizadas para deslocações diárias”.
“Esta proposta de investimento tem em conta as preocupações de sustentabilidade, quer ambientais, quer económicas, ao poder ser realizada por menos de um quarto do custo de uma linha de metro equivalente”, referem as empresas na mesma carta aberta.
Para as empresas, “urge a adaptação de infraestruturas, já existentes, que permita iniciar uma linha em Campanhã, passando a 200 metros do Hospital de São João, percorrendo toda a corda urbana e industrial de Matosinhos, cruzando o eixo da Via Norte”.
“Esta interseção da Via Norte irá permitir a articulação com as linhas B e C do Metro do Porto, culminando numa infraestrutura central para todo o Noroeste Peninsular”, apontam.
Este percurso “abre possibilidade, dada a proximidade geográfica, de se poder concretizar uma conexão com a linha de metro que serve o Aeroporto Francisco Sá Carneiro”, acrescentam.
“Acreditamos que esta aposta contribuirá também para a redução da pressão sobre outros transportes públicos do Grande Porto, bem como irá promover a competitividade do transporte público, ampliar a conectividade entre concelhos contíguos e ainda aumentar a complementaridade entre o sistema ferroviário ligeiro e pesado”, mencionam as empresas.
Para a concretização deste pedido, as empresas solicitam a intervenção do ministro “para desenvolver e executar uma solução de mobilidade integrada, não poluente, de matriz multimodal, capaz de interligar os vários polos que abrangem os municípios da região”.
1 comentário
Estou confuso, não entendo, porque só agora esta petição, os CEO das empresas querem ir de comboio para o trabalho????? as empresas querem tirar regalias aos trabalhadores com a linha????? , ao fim de tantos anos fico com a pulga atrás da orelha