Mariana Nina Silvestre é a candidata da Iniciava Liberal à Câmara Municipal da Maia. Tem 44 anos, é mãe e, desde 2019, enfermeira. Antes disso, formou-se e exerceu direito durante alguns anos.
Naquela que é a primeira candidatura da Iniciativa Liberal numas Eleições Autárquicas, o NOTÍCIAS MAIA foi conhecer a candidata da IL à Câmara.
A também coordenadora do núcleo da Maia da Iniciativa Liberal entende “que as pessoas têm sido desrespeitadas desde que estamos em democracia” e que a IL chegou para apresentar um paradigma diferente, “o paradigma da liberdade”.
Questionada sobre o que seria um bom resultado da IL na Maia, Mariana Nina Silvestre entende que “se conseguirmos duplicar os resultados [das eleições presidenciais 2021] da IL na Maia, ficaremos muito contentes”. Nessa altura, Tiago Mayan Gonçalves, candidato da IL, obteve 5,32% dos votos, ou seja, 3264 votos dos maiatos.
Notícias Maia (NM): A Mariana formou-se inicialmente em Direito mas agora é enfermeira. Como é que aconteceu esta mudança de área?
Mariana Nina Silvestre (MNS): Sempre fui uma pessoa muito curiosa. Aos 17 anos estive muito encantada com o mundo das leis e da filosofia, e decidi tentar entrar na universidade de Direito. Concorri para o ano zero e entrei. Apaixonei-me pelo curso, gostei muito das matérias, concluí e fui advogada durante alguns anos. Mas rapidamente me desiludi. Entretanto fiz uma pausa na advocacia e juntei-me à equipa de gestão da empresa familiar. Depois, há cerca de seis anos, fui atrás de um sonho antigo. Decidi seguir a minha vocação e fazer enfermagem. Exerço há cerca de dois anos.
NM: E agora, além da enfermagem, candidata-se a presidente da Câmara Municipal. Qual é o projeto da Iniciativa Liberal para a Maia? O que é que muda se a Mariana for eleita como presidente da Câmara Municipal da Maia?
MNS: O projeto da Iniciativa Liberal e da Iniciativa Liberal Maia baseia-se em cinco princípios fundamentais: transparência, humanismo, liberdade, responsabilidade e honestidade. Nós queremos apresentar, tanto ao país como à Maia, um paradigma diferente. O paradigma liberal, o paradigma da liberdade. E o que é que isto significa? Significa recolocar a pessoa, o indivíduo, no centro da política. Queremos fazer política para as pessoas e não que as pessoas sirvam as políticas que os políticos normalmente fazem.
NM: Na prática, o que é que tem pensado para esse objetivo? Um objetivo se calhar um tanto quanto ambicioso…
MNS: Muito ambicioso, que vai aliás dar muito trabalho e que não será algo feito de um dia para o outro. O programa ainda está ainda a ser construído por pessoas com muita competência para o fazer. Estamos a auscultar as pessoas da Maia e a perceber as suas necessidades. Mas posso dizer-lhe que uma política fundamental que iriamos introduzir no executivo camarário seria adequar a transparência da informação e da fundamentação da decisão. É importantíssimo dotar o munícipe dessa capacidade, desse conhecimento. Porque se não conhecermos os fundamentos que levam às decisões, nenhum munícipe poderá decidir seja o que for. Porque não está na posse do conhecimento.
NM: Na sua apresentação disse “não trazemos uma revolução, trazemos um novo paradigma”. O que é que há mais a dizer sobre este paradigma?
MNS: Que as pessoas têm sido desrespeitadas desde que estamos em democracia, pelos políticos. Que usam e abusam das pessoas para se servirem a si próprios. Tal como eu disse nesse discurso, que eu convido todos os maiatos a assistir, pretendemos recolocar a Maria, o Zé, a Joana, a Mariana, a Daniela, não como o objeto mas sim como o fundamento da existência da política. A autarquia tem de servir os seus cidadãos e os seus munícipes. E não os munícipes serem só contribuintes financeiros para isso.
NM: As ideias têm de partir dos munícipes também?
MNS: Exatamente.
NM: Disse também que “chegou o dia dos maiatos ganharem liberdade”. Essa liberdade acontece quando os maiatos tiverem esse poder de decisão?
MNS: Sim, é exatamente esse o significado do paradigma liberal.
NM: A iniciativa Liberal apresenta duas mulheres como candidatas à Câmara e à Assembleia Municipal. Há alguma mensagem a retirar daqui?
MNS: Creio que não. A única mensagem da candidatura da IL da Maia é que apresentamos pessoas extremamente competentes e à altura do desafio que as Autárquicas exigem.
NM: A iniciativa Liberal vai ter candidatos às juntas de freguesia?
MNS: Não este ano. Daqui a quatro anos queremos que sim.
NM: Esta é a primeira vez que há candidato da Iniciativa Liberal a concorrer na Maia. O que é que será um bom resultado para a Iniciativa Liberal nas Autárquicas de 2021?
MNS: Um bom resultado será cumprirmos a nossa missão, que é passar a mensagem liberal e conseguir chegar às pessoas. E mesmo que não sejamos suficientemente fortes na transmissão dessa mensagem, pela falta de meios que temos, acreditamos que sempre que a nossa mensagem chega, as pessoas identificam-se e aproximam-se. Tanto dos ideais da liberdade como do liberalismo. Temos provas disso a nível nacional com os resultados do partido. Portanto, se conseguirmos duplicar os resultados [das eleições presidenciais] da IL na Maia, ficaremos muito contentes.
NM: Alguma mensagem final?
MNS: Reforço a mensagem que deixei no nosso dia de apresentação da candidatura: que realmente a liberdade chegou e está para ficar.