Inspeção-Geral de Educação e Ciência esteve em 2017 na Escola Básica e Secundária Dr. Vieira de Carvalho, uma vez que se encontrava entre as que tinham registado um maior desalinhamento entre a nota atribuída pelos professores e as notas dos exames nacionais. Desvio bruto foi de quase 2 valores.
A Escola Básica e Secundária Dr. Vieira de Carvalho foi visitada entre maio e junho de 2017, pela Inspeção-Geral de Educação e Ciência, depois de observado que o desvio bruto médio da escola, entre as notas atribuídas aos alunos pela mesma e as notas obtidas nos exames nacionais, face às outras escolas, numa escala de zero a vinte valores, era de 1,84.
Nesta escola da Maia, a disciplina mais desalinhada em 2016 era Português (2,63 valores), enquanto Matemática (0,76 valores) era a menos desalinhada. Em 2017 o indicador de desalinhamento reduziu para 1,78 valores.
Segundo o relatório “Avaliação das Aprendizagens dos Alunos do Ensino Secundário: Indicador do Alinhamento das Notas Internas em doze escolas”, “apesar da Escola Básica e Secundária Dr. Vieira de Carvalho manifestar uma tendência negativa relativamente ao indicador do alinhamento das notas internas no período de 2014-2017, materializada por uma evolução crescente deste indicador, a introdução dos dados deste indicador do ano de 2017, contribuiu para um desagravamento desta evolução negativa”.
Relatório 2017
Só quatro das escolas avaliadas são públicas, enquanto oito são privadas. A maioria está localizada na região Norte. Entre as privadas contam-se o Colégio Amorim (Póvoa do Varzim), colégio Liverpool (Porto), Colégio Euroatlântico (Matosinhos), Externato Senhora do Carmo (Lousada) Nobel International School Algarve (Lagoa), Colégio Vizela (Vizela) Colégio D. Dinis (Porto). As públicas são a Escola Básica e Secundária (Pampilhosa da Serra), Escola Básica e Secundária Gomes Teixeira (Armamar), Escola Básica e Secundária Luís de Camões (Constância) e Escola Básica e Secundária Vieira de Carvalho (Maia).
As escolas estão a inflacionar as notas atribuídas aos alunos, mas depois de uma inspeção, 80% dos estabelecimentos aceitaram as recomendações e corrigiram o seu comportamento, conclui um relatório da Inspeção-Geral de Educação e Ciência (IGEC), noticiado pelo Público. Domínios como a oralidade, o caráter experimental ou o comportamento têm sido usados para puxar as notas internas para cima.
No relatório, a IGEC sublinha que os processos de avaliação “deverão ser rigorosos e credíveis. Rigor não significa inflexibilidade ou intolerância, mas respeito por certos princípios que devem nortear a ação educativa”. E mais: que, em alguns casos, “o processo de avaliação apresenta fragilidades que no futuro importa corrigir”.