Os funcionários públicos vão realizar uma greve nacional na sexta-feira dia 15 de fevereiro, que deverá ter expressão sobretudo nos setores da saúde, educação, finanças e autarquias, podendo haver encerramento de escolas.
Na origem do protesto, que envolve sindicatos da CGTP e da UGT, está o facto de o Governo estender o congelamento salarial por mais um ano, aumentando apenas o nível remuneratório mais baixo da administração pública, de 580 para 635,07 euros, no seguimento do aumento do salário mínimo nacional para os 600 euros.
A paralisação começou por ser marcada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (CGTP), há cerca de um mês, na expectativa de que o Governo ainda apresentasse uma proposta de aumentos generalizados para a função pública, o que não veio a concretizar-se.
Segundo o secretário-geral da FESAP, José Abraão, citado pelo Notícias ao Minuto, a greve “deverá ter uma elevada adesão, sobretudo na educação, na saúde e nos bombeiros, porque os trabalhadores não aceitam mais um ano sem aumentos e exigem uma negociação séria, com compromissos claros”.
O sindicalista recordou que existirem ainda 80 carreiras não revistas, entre as quais bombeiros, fiscais municipais, polícias municipais, inspetores de trabalho e de segurança social.
A última greve nacional da administração pública teve lugar a26 de outubro e foi convocada pela Frente Comum, pela FESAP e pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).
Nesse dia, os sindicatos afirmaram que aquela tinha sido a maior greve na Função Pública desde o período da ‘troika’, com adesões médias entre os 80 e 90% na saúde e na educação e de 100% em muitas autarquias e tribunais.
Os trabalhadores da função pública têm os salários congelados desde 2009, exigindo agora aumentos entre 3,5% e 4% e um aumento mínimo de 60 euros, para quem aufira até 1.500 euros.