A Parpública recebeu seis propostas de compra da Efacec, sendo três de empresas portuguesas e três de estrangeiras.
Terminava na passada segunda-feira, 13 de fevereiro, o prazo para a entrega de propostas para a aquisição dos 71,73% que o Estado detém na Efacec. Terminado o prazo, a Parpública anunciou ter recebido várias propostas, sendo “seis propostas vinculativas por parte de três entidades nacionais e três estrangeiras”. O jornal Eco avança que Visabeira e Sodecia se associaram em consórcio.
Recebidas as propostas, a Parpública irá analisá-las nos próximos 10 dias.
António Costa Silva, ministro da Economia, tem se recusado a vender a Efacec em partes, contudo, segundo avançou o Expresso, é esse o desejo de algumas empresas que apresentaram proposta nesta segunda-feira.
Neste processo seria importante “uma solução que salvaguarde o perímetro da empresa”, disse António Costa Silva, recusando “o modelo da Efacec boa e Efacec má”, salientando que “o que estamos a tentar é que os vários interessados se exprimam para salvaguardar a globalidade da Efacec. Se as negociações forem conduzidas com sucesso e se houver interesses coincidentes muito bem. Se houver interesses divergentes por áreas diferentes da empresa, que se construa uma estrutura acionista estável que permita salvaguardar o perímetro de funcionamento da empresa”, declarou no Parlamento no início deste ano.
Na corrida estão fundos e empresas industriais, sendo que o Jornal de Negócios noticiou que a Efaflu foi excluída, uma vez que o presidente desta empresa declarou a este jornal que defende uma venda em partes. Ainda assim, António Ricca garante que demonstrou interesse em adquirir a totalidade da empresa, ainda que tenha dado a indicação de que “tínhamos preferência em ficar só com a Efacec Energia. Mas toda a gente, incluindo responsáveis político e os quadros da empresa, defende que se deve vender a Efacec em partes a parceiros adequados, só que, publicamente, defendem ‘o bolo’”.
Ainda de acordo com o mesmo jornal, a empresa Mota-Engil e o consórcio Visabeira e Sodecia estão potencialmente interessadas na área de mobilidade, não se sabendo se alguma chegou a apresentar proposta.
Recorde-se que é a segunda tentativa do Estado de reprivatizar a Efacec, depois do falhanço obtido com a empresa bracarense DST.