Estudo da Universidade de Aveiro afirma que queimadas ao ar livre provenientes dos restos das podas de árvores são prejudiciais à saúde e ao ambiente.
Uma investigação realizada pela Universidade de Aveiro concluiu que as queimadas de resíduos agrícolas prejudicam a qualidade do ar contribuindo para o aquecimento global e, consequentemente, tendo implicações na saúde.
A experiência foi feita no âmbito do primeiro estudo realizado em Portugal às consequências para o ambiente e para a saúde do fumo das queimadas ao ar livre, provenientes dos restos das podas de árvores. A condução do estudo foi feita por Célia Alves, investigadora do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, uma das unidades de investigação da Universidade de Aveiro.
A exposição, em laboratório, realizada pela UA, de células do pulmão humano a compostos químicos do fumo das queimadas agrícolas comprovou que a sua inalação constitui um perigo, pode ler-se em comunicado enviado à imprensa. O estudo refere ainda que “a influência no clima representa também um dos impactos das queimas de resíduos agrícolas, devido à emissão de gases com efeito de estufa e a sua consequente contribuição para o aquecimento global”.
Nas conclusões do estudo, Célia Alves aponta ainda que “as queimas possuem um efeito significativo na qualidade do ar a nível local e regional” e que estas contribuem para a “excedência aos valores limites impostos na legislação”.