No Parque de Lazer da Fundação Gramaxo foi inaugurada, no sábado, 30 de setembro, pelas 15h30, uma exposição de pintura e escultura. Trata-se de uma iniciativa que consubstancia um dos principais objectivos estratégicos da Fundação, facultar o acesso, como zona de interesse cultural e de lazer à Quinta da Boa Vista, designadamente aos seus jardins, à sua mata e aos seus edifícios, naquele que é, desde julho deste ano, um espaço aberto ao público.
Maria de Fátima de Gramaxo, Presidente da Fundação Gramaxo, assume o intuito de solidificar os objetivos que estiveram na génese da Fundação – fomentar as artes e a cultura – dando assim “lugar à realização desta exposição de pintura e escultura com a talentosa obra de Sónia Travassos e Miguel A. Rodrigues, jovens promissores artistas”.
Marta Peneda foi convidada a comissariar a exposição, afirma que “Symphonic Gardens faz com que o objecto artístico se transforme numa espécie de fio ligante entre a arte, a natureza e o sublime, na procura de uma exaltação polifónica de sentidos, entre o objecto que é a arte e a realidade que o suporta”. “É como se Symphonic Gardens exaltasse os sentidos em busca de um Sentido primordial maior, na certeza de que a criatividade, manifestação intrinsecamente humana, é o melhor espelho da natureza da nossa contemporaneidade, cada vez mais informada pela polifonia dos sentidos”.
Expõem dois jovens artistas – Sónia Travassos e Miguel A. Rodrigues.
Sónia Andreia Marques Travassos, nasceu em 1984, em Coimbra. É licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC, 2008), em Psicologia Clinica pela Universitat Abat Oliba CEU, de Barcelona (2013), e Mestre em Psicologia Clínica pelo Instituto de Psicologia Aplicada de Lisboa (ISPA, 2015). Desde sempre se interessou por arte mas foi durante o inicio do curso de direito que começou a pintar sobre o que sentia em relação à sociedade, escolhendo pintar em todos os seus tempos livres. Mais tarde, em Psicologia, continuou a explorar a complexidade das relações humanas, inspirando-se através da criação de uma original paleta de cores, traduzindo os seus sentimentos para as telas de uma forma muito intensa de estilo expressionista-fauve. Em 2017, a Fundação Dionísio Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro adquire uma das obras da artista para exposição permanente. A artista está representada em coleções particulares por todo o mundo, e a trabalhar intensivamente em exposições individuais e colectivas. Este ano foi convidada a integrar a Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Milão, e ainda outras feiras internacionais, em Saragoça e Roma.
Miguel A. Rodrigues, frequenta o último ano da licenciatura em Escultura da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. É natural de Coimbra onde estudou Economia na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Entende a arte como uma apologia do belo buscando-a através da hiper-realidade do quotidiano. Inspira-se na história, na moda, na propaganda e teatralidade. Elegeu, nos últimos anos, o barroco e a sua história como objeto de reflexão. Em 2015 lança, em conjunto com Ana Fonseca Figueiredo o projecto Sapiens Atelier. Durante os últimos anos as suas obras têm passado pelo Palácio Nacional de Mafra; Museu Nacional dos Coches; Capela de São João Baptista da Igreja de São Roque; Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra; Museu Palácio dos Biscainhos; Palacete Henrique Mendonça e Embaixada de França, entre outros.
A exposição está patente até dia 22 de outubro.
3 comentários
Parabéns pelas iniciativas pelo trabalho da fundação,pelas publicações que faz.
Gosta apenas por favor e a titulo pessoal o esclarecimento de uma questão.
Quando dizem neste artigo que na Quinta da Boa Vista,naquele que é desde Julho um espaço aberto ao público,isto quer dizer o quê?
Que a Câmara comprou algum espaço da Quinta da Boa Vista e abriu esse espaço ao público desde Julho,ou não ,que a quinta continua toda ela propriedade da família Gramaxo, a qual abriu ao público determinada área?
Peço desculpa o incomodo por este esclarecimento.
Cumprimentos
Daniel Portela
Olá Daniel Portela. O espaço continua propriedade da família Gramaxo, a qual abriu ao público.
Em cumprimento de um melhor esclarecimento, cumpre-me acrescentar que a abertura ao público foi tornada possível pela colaboração dada pela Câmara da Maia, nomeadamente com a disponibilização de vigilância humana no espaço. Agradeço o reconhecimento dado às iniciativas já tomadas pela Fundação. Cumprimentos. Fernando Gramaxo