A firma de advogados Faruqi & Faruqi, de Nova Iorque, está à procura de investidores prejudicados pela quebra da Farfetch em bolsa, para se juntarem a uma ação coletiva.
A Farfetch, especializada em artigos de luxo e liderada pelo empresário José Neves, enfrenta uma crise significativa. A firma de advocacia Faruqi & Faruqi, baseada em Nova Iorque, está a organizar uma queixa federal nos Estados Unidos por fraude de valores mobiliários, contra a empresa, devido à sua acentuada queda na bolsa de valores.
Em comunicado, citado pelo jornal O Minho, o advogado James Wilson solicita aos investidores que compraram ações da Farfetch entre 09 de março e 17 de agosto de 2023 que entrem em contato para participar na ação coletiva federal de valores mobiliários que foi movida contra a Empresa.
A queixa alega que a empresa e os seus executivos violaram leis federais de valores mobiliários, ao fazerem declarações falsas e enganosas e ainda ao não divulgar informação relevante. As acusações incluem a demora da Farfetch em admitir um significativo abrandamento nos mercados dos Estados Unidos e China, problemas na parceria com a Reebok, e dificuldades com armazenamento e inventário. A empresa também é acusada de não satisfazer as expectativas de mercado para 2023, contrariando declarações anteriores aos investidores.
A Farfetch enfrentou dificuldades com a campanha da Reebok, lançada em maio de 2023, e revelou receitas inferiores às previstas pelo mercado financeiro em agosto de 2023. A Faruqi & Faruqi também incentiva ex-empregados a denunciar más práticas da empresa.
O jornal Telegraph noticiou que a Farfetch está a estudar a saída da bolsa norte-americana, com apoio de grandes acionistas como a chinesa Ali Baba. No entanto, a empresa não publicou os resultados financeiros esperados para o terceiro trimestre de 2023 e avisou que as previsões feitas anteriormente não devem ser consideradas.
Miguel Milhão, proprietário da Prozis, criticou a Farfetch no seu podcast, sugerindo uma remodelação drástica, incluindo o despedimento de cerca de 2.000 funcionários, para salvar a empresa. Milhão também considerou “ilegal” a decisão da Farfetch de não publicar o relatório de resultados, contribuindo para a queda acentuada de 50% no valor da empresa.
A Faruqi & Faruqi é um escritório de advocacia que atua no setor dos valores mobiliários, de propriedade de minorias e mulheres, com escritórios em Nova Iorque, Pensilvânia, Califórnia e Geórgia.
