A Federação de Associações de Dadores de Sangue (FAS) está preocupada com o estado das reservas de sangue devido à diminuição das colheitas durante a pandemia da Covid-19.
Numa altura em que nos pedem para ficar em casa e para evitar qualquer saída que não seja de necessidade urgente, as dádivas de sangue continuam a ser de extrema importância.
A Federação de Associações de Dadores de Sangue (FAS) deixou um apelo para que, todos os que estejam em condições, continuem a fazer as dádivas de sangue. Isto porque, a gestão nacional das reservas de sangue está agora sob alerta amarelo após ter sido registada uma diminuição nas colheitas.
Os primeiros meses do ano são habitualmente alturas de menor número de dádivas visto que é aqui que se concentram as maiores vagas de gripe. As gripes fazem com que os dadores tenham que permanecer vários dias sem sintomas para fazer uma doação segura. Agora, com o país em estado e emergência devido à pandemia da Covid-19, a FAS acredita que o cenário “que se avizinha, é com certeza preocupante”.
O presidente da direção, Joaquim Mendes Silva, garante que as reservas de sangue já estiveram mais baixas neste mesmo ano de 2020 mas, com o surto de Covid-19, “qualquer diminuição no volume das reservas de sangue disponíveis para tratamento dos doentes é sempre preocupante“.
Joaquim Mendes Silva explica que “as reservas são sustentáveis na medida em que os dadores compareçam nas sessões de colheita de sangue”, mas a revelar-se “uma situação de falha grave nas reservas de sangue” a única solução será “fazer um apelo maciço aos portugueses para que façam a sua doação”.
A ameaça de contágio pelo novo coronavírus levou vários centros, como o IPO Porto, o Hospital de São João e o IPST, a redobrar cuidados para garantir a segurança das dádivas. Se tiver sintomas compatíveis com a doença Covid-19 ou tiver estado em contacto com possíveis infetados, não doe sangue! Se tiver dúvidas, ligue para o local onde pretende doar sangue e informe-se devidamente.