O Ministério Público acusou Fernando Madureira, a sua esposa Sandra, e outros dez adeptos do F. C. Porto de 31 crimes no âmbito da Operação Pretoriano, incluindo sete crimes de ofensa à integridade física e 19 de coação agravada.
Fernando Madureira, a sua mulher Sandra, e outros dez adeptos do F. C. Porto foram acusados pelo Ministério Público de 31 crimes no âmbito da Operação Pretoriano, segundo o avançado esta terça-feira, dia 6 de agosto, pelo Correio da Manhã.
Entre os crimes imputados estão sete de ofensa à integridade física, 19 de coação agravada, um de instigação pública, um de arremesso de objetos ou produtos líquidos e três de atentado à liberdade de informação. Um dos arguidos, é também acusado de detenção de arma proibida. Surgiram ainda dois novos suspeitos no processo, também membros dos Super Dragões,, que agora se juntam ao grupo de 12 acusados.
Segundo o Ministério Público, citado pelo mesmo jornal, os incidentes na assembleia-geral do FC Porto em novembro do ano passado foram minuciosamente planeados. A procuradora afirma que Fernando Madureira e a sua mulher Sandra, criaram um ambiente de intimidação e medo para coagir os sócios a aprovar os novos estatutos. Este plano terá contado com a colaboração do oficial de ligação aos adeptos.
Ainda de acordo com a informação do Correio da Manhã, o objetivo era garantir a aprovação dos estatutos, o que, de acordo com a acusação, fortaleceria a posição do casal Madureira no clube e permitiria a continuidade dos elevados lucros provenientes da venda de bilhetes. A acusação detalha vários episódios de agressões a sócios e atos de intimidação, incluindo Sandra a impedir várias pessoas de filmarem, proferindo ameaças como “Ou bazam ou vão morrer, o Porto é nosso. Quem não está com o Pinto da Costa vai morrer”.
As acusações baseiam-se em várias mensagens trocadas antes e depois da assembleia, que corroboram os acontecimentos. O Ministério Público refere ainda a passividade da cúpula do Futebol Clube do Porto durante os incidentes, mas não encontrou provas suficientes para responsabilizar qualquer membro da estrutura do clube.
No final da acusação, a procuradora recomenda que Fernando Madureira continue em prisão preventiva e que Vitor Catão permaneça em prisão domiciliária.