A Direção do F. C. Porto anunciou que vai participar ao Conselho Fiscal e Disciplinar o teor da acusação referente à Operação Pretoriano, com vista à instauração de processos disciplinares aos sócios envolvidos, entre os quais Fernando Madureira.
Na sequência das notícias que informam sobre o despacho de acusação proferido pelo Ministério Público a 6 de agosto, no âmbito da Operação Pretoriano, relacionado com os incidentes ocorridos na Assembleia Geral Extraordinária do Futebol Clube do Porto, a 13 de novembro de 2023, a Direção do clube decidiu tomar medidas formais.
Em comunicado emitido na quarta-feira, dia 7 de agosto, a Direção do F. C. Porto, indicou que em conformidade com os estatutos do clube, irá proceder à participação formal junto do Conselho Fiscal e Disciplinar relativamente a todos os associados acusados no referido processo. Segundo o mesmo documento, esta ação tem como objetivo a instauração, instrução e decisão dos competentes processos disciplinares, com o intuito de apurar as responsabilidades dos associados envolvidos e aplicar as sanções previstas nos estatutos, conforme a gravidade dos comportamentos em causa.
Entre as sanções possíveis estão a suspensão ou a expulsão dos sócios envolvidos, sendo que as restantes opções incluem a advertência e a repreensão registada.
De acordo com informações da Agência Lusa, que teve acesso ao despacho de acusação da Operação Pretoriano, a claque Super Dragões terá criado “um clima de intimidação e medo” na Assembleia Geral (AG) do clube a 13 de novembro de 2023, na qual houve incidentes, para que fosse aprovada a revisão estatutária, “do interesse da atual direção”, então liderada por Pinto da Costa.
Nesse dia, a Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve 12 pessoas, incluindo dois funcionários do FC Porto e o agora ex-líder dos Super Dragões, Fernando Madureira, no âmbito da investigação aos incidentes verificados na referida AG do clube. Em causa estavam os crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda atentado à liberdade de informação.