Durante dez dias, de 5 a 14 de Outubro de 2018, decorre na Maia, como é habitual, a 23ª edição do Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia (FITCM), uma iniciativa da Câmara Municipal da Maia com direcção artística e produção do Teatro Art´Imagem.
“UM DIA SEM RIR É UM DIA MAL GASTO”
Em nota enviada a esta redação, José Leitão, Diretor artístico, afirma que estrategicamente programado entre as férias de Verão e o recomeço da “vida normal de trabalho”, este Festival, único no País que homenageia o Cómico nas suas múltiplas facetas e disciplinas teatrais, pretende contrariar, apesar das visíveis e trágicas alterações climáticas, as palavras shakespearianas de um “Outono do nosso descontentamento”, apresentando 30 espectáculos em que o riso e o humor são o mote principal dos trabalhos artísticos programados, para que os espectadores não possam dizer, como num dito que li algures, que “o dia mais mal gasto de todos é aquele em que não nos rimos”.
Para a edição deste ano foram escolhidos artistas e companhiass de vários países e nacionalidades, a maioria apresentando espectáculos inéditos em Portugal e entre eles estarão grupos bem conhecidos dos espectadores, afinal um Festival é também uma teia de cumplicidades em que o público e os organizadores vão seguindo a trajectória dos que mais se distinguiram nos anos anteriores, juntamente com colectivos nacionais e estrangeiros que pela primeira vez pisarão os palcos do FITCM.
Serão apresentados 30 espectáculos de artistas e companhias estrangeiras de várias regiões de Espanha, da Galiza, Andaluzia, Leão e Castela, Madrid, de Itália, do Continente à Sicília, França e Inglaterra, de uma dupla luso-germânica e co-produções internacionais e de Portugal.
Desde textos dos grandes autores universais como Calderón de la Barca, Luís Benavente, Avellaneda, Hans Christian Andersen, o brasileiro Roberto Athyde e autores contemporâneos de diversas latitudes, até espectáculos sem palavras serão apresentados e abarcam uma pluralidade de disciplinas teatrais, da comédia clássica, ao cabaret, farsa, mimo e a pantomima, o novo circo e o teatro físico ou visual, marionetas, formas e objectos, à multi-comédia e à música-teatro e das novas modalidades que usam os meios audio-visuais e digitais, para celebrarem o jogo dos homens que é o Teatro em geral, um encontro vivo único e irrepetível vivido em comunidade.
Como saberão os mais atentos, anualmente escolhemos um “slogan”, uma espécie de “preocupação” pelo tempo que vivemos, aqui ou no Mundo. O deste ano chama-se “A Eutanásia da Resignação “. As palavras gregas “Eu (Boa)” mais “Thanatos (Morte)” foram traduzidas para português como Eutanásia e Boa Morte! Assim, porque sabemos que ela é inevitável que seja então, bem teatral, uma Morte Que Ri!
Pela primeira vez apresentaremos alguns espectáculos com interpretação em Língua Gestual Portuguesa, o que torna o FITCM mais inclusivo e acessível a outros espectadores.