Filipe Oliveira é o primeiro árbitro da Associação de Futebol do Porto com surdez. A reportagem é do Jornal de Notícias, que explica que o árbitro ficou surdo aos 3 anos por causas desconhecidas mas que atualmente usa um aparelho auditivo que lhe permite ouvir, ainda que com muita dificuldade.
Filipe Oliveira explica que a mulher o convenceu a tirar um curso de árbitro e que, quando iniciou a formação, em outubro de 2021, não revelou os seus problemas auditivos. “Queria mostrar que nós, comunidade surda, também tem capacidade de ser árbitro”, declara ao mesmo jornal.
Sobre as dificuldades do trabalho, Filipe Oliveira explica que tem dificuldade em ouvir o som do apito dos colegas quando estão longe. Nesses casos tem de comunicar por gestos.
Já no dia no Dia Nacional da Educação de Surdos, Pedro Costa, árbitro surdo da AF de Leiria desde 2004, defendia que os surdos são vistos como pessoas que não têm as mesmas capacidades, mas são fisicamente capazes.
O árbitro, numa entrevista em língua gestual portuguesa, divulgada pela APAF, defendia até que os surdos são capazes de ter vantagens no desempenho das funções.