O ministro da Defesa Nacional afirmou, nesta terça feira, dia 8 de março, que o número de mulheres nas Forças Armadas, no final do ano de 2021, estaria na ordem dos 13,2%, enfatizando também a recente criação de uma Unidade de Prevenção de Assédio na Defesa.
“O caminho percorrido é muito positivo já que no final de 2018, quando plano setorial foi desenvolvido, tínhamos apenas 11,4%. Isto mostra claramente como uma política pública de igualdade é fundamental para que a mudança aconteça”, sustentou.
Para além de enfatizar o acréscimo de mulheres nas Forças Armadas nos últimos três anos, Gomes Cravinho destaca a criação da Unidade de Prevenção de Assédio, que visa monitorizar e acompanhar denúncias de assédio, violência sexual ou discriminação praticadas por militares ou civis com funções na tutela. “Neste dia 08 de março de 2022 lançamos uma campanha publicitária para sensibilizar todas as pessoas, militares e civis, que trabalham na Defesa Nacional, sobre a temática do assédio e da discriminação, mas também para divulgar a existência desta unidade para que nenhuma violação de direitos fique impune”.
O Plano Setorial para a Igualdade da Defesa Nacional foi divulgado em março de 2019 e entre as medidas destacaram-se na altura a criação da figura do assessor de género junto dos chefes dos ramos militares, a elaboração de um código de boa conduta para a prevenção do assédio ou a utilização de linguagem não discriminatória nos documentos e discursos oficiais.
“Ao longo dos últimos três anos, com um forte impulso do gabinete da Igualdade da Defesa Nacional, as Forças Armadas portuguesas e o Ministério da Defesa Nacional têm conseguido aumentar o número de mulheres em múltiplas funções da defesa e no caso dos civis foi mesmo possível atingir a paridade em várias categorias”, acrescentou Gomes Cravinho.
O Ministro sublinhou ainda que Defesa inclui hoje “a temática da igualdade de forma transversal, oferecendo formação nesta matéria para os seus quadros, e tendo pontos focais de género dos três ramos nas missões internacionais”.