O Ministério Público (MP) acusou cinco arguidos suspeitos de estarem ligados a uma rede internacional de tráfico de droga. Dois desses suspeitos são funcionários que trabalhavam no interior do Aeroporto Francisco Sá Carneiro.
Numa nota publicada na sua página na Internet, a Procuradoria Geral (PGR-P) refere que os arguidos, detidos em outubro de 2021, estão acusados “pela prática, em coautoria, de um crime de associações criminosas e de um crime tráfico de estupefaciente agravado”. Um dos arguidos está a ser acusado também pelo crime de detenção de arma proibida.
“O MP considerou indiciado que os arguidos aderiram a uma organização transnacional que se dedica à importação, transporte, distribuição e venda de grandes quantidades de produtos estupefacientes, nomeadamente cocaína, cabendo-lhes assegurar a entrada de uma grande quantidade de cocaína em território nacional, através do Aeroporto Francisco Sá Carneiro”, na Maia, refere a mesma nota.
No dia 31 de outubro de 2021, deram entrada em território nacional 40 pacotes, com cerca de 43 quilos de cocaína, através de um voo com origem no Brasil e destino no aeroporto do Porto, numa ação que “foi intermediada pelos cinco arguidos, envolvidos na receção e escoamento do produto estupefaciente em território nacional”.
“Dois dos arguidos eram funcionários que trabalhavam no interior do aeroporto e todos atuaram a troco de ganhos superiores a 50 mil euros para cada um dos arguidos”, refere a nota da PGR-P. O valor total do estupefaciente era de 1,35 milhões de euros.
Após o recurso do Ministério Público, todos os arguidos ficaram submetidos a medidas de coação preventivas.