Confesso…! Por esta altura achei que não ia ter assuntos suficientemente interessantes para reflectir. Achei que com a comunidade politica “emigrada” no Algarve, os assuntos seriam parcos e de pouco interesse.
Mas eis que naquela tentativa de aproveitar as férias dos portugueses para se fazer passar despercebido, aliás, a mesma táctica usada noutras alturas, usando por exemplo o EURO e os jogos da selecção para comunicar actos de ciência politica a roçar a ignorância e a incompetência, claro que sempre desprovidos de responsabilidade, e apontando à culpa alheia (comportamento que tão bem conhecemos) surgem tantos e tão bons assuntos para reflectir.
Escolho 2 para entretenimento Veraneano: O novo modelo de remodelação das urgências em Portugal, e as novas regras do IMI.
Começando pelo primeiro, tenho de aplaudir esta medida. Aliás, já a defendi neste espaço em 2010, reformulei-a em 2014 e parece que finalmente alguém se apercebeu das suas vantagens e teve a consciência e inteligência para mudar. Até aqui tudo bem… Acontece que esta tão badalada reformulação e inovação já estava em proposta de lei desde o final de 2015. Aliás, todos os utentes que actualmente são encaminhados pelos cuidados de saúde primários não pagam taxa moderadora nos hospitais… Algo de novo? Não! Propaganda Politica? Deixo o leitor decidir! Certo é que vai de encontro ao que sempre defendi… Muitas das consultas na urgência podem ser evitadas se os cuidados de saúde primários tiverem um papel activo com urgências dedicadas. Os SUB, os SASU, os SAP, os CAP, as consultas abertas podem ser determinantes para que a urgência hospitalar seja mais dedicada, mais especializada mais eficaz ajudando e tratando melhor todos os que dela necessitam… Esta é uma das medidas importantes, mas há mais a tomar, muitas mais. Espero que se repense, se reformule, mas sobretudo se tenha a consciência que “com os mesmos ovos, não se fazem omeletas maiores”. Existem recursos humanos disponíveis na área médica… Toca a geri-los e a aproveitá-los. Exige algum investimento, mas se fizermos bem as contas, recuperamos esse investimento fácil e rapidamente nos custos directos e indirectos relacionados com a morbilidade, sem sequer contar com a mais-valia que será para todos os utentes do Serviço Nacional de Saúde.
Quanto ao segundo tema, o meu comentário não pode ser o de manifestar o ridículo desta proposta do IMI. Não acreditaria se não estivesse estampado em órgãos de comunicação social que considero idóneos! Num país cujo défice orçamental no campo energético tem a dimensão que se conhece … em vez de se promover atitudes que privilegiam a poupança energética, promovem-se medidas que a despromovem… para além disso, as pessoas com menos possibilidades… não podem ter vistas (a não ser para cemitérios), nem ter luz natural. Aconselho rapidamente o governo a estudar os motivos das taxa de depressão e suicídio tão elevada nos países nórdicos. Espero que se faça… LUZ!
Estranho muito esta forma de fazer politica à esquerda… Alias… nem sei se isto se pode chamar politica… tendo em conta os resultados orçamentais conhecidos deste governo e adaptando a linguagem à moda deste verão… isto mais parece uma caça aos gambozinos… já tentaram os pokemons… mas como não foram bem sucedidos tiveram de inovar!!!
Haja paciência e perseverança…!
Ricardo Filipe Oliveira