O Governo está a considerar a possibilidade de conceder uma folga a todos os funcionários públicos para que possam participar na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que decorrerá de 1 a 6 de agosto em Lisboa, revelou Ana Catarina Mendes.
Numa entrevista à “Rádio Renascença”, a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares afirmou que a folga, já adotada pela Câmara de Lisboa no dia 4 de agosto para os seus funcionários, juntamente com o teletrabalho durante a semana da JMJ, pode ser “útil”.
“Estamos a analisar a possibilidade de ser útil conceder uma folga. Temos que ter em mente que, além dos inscritos, há muitas pessoas que gostariam de assistir às missas do Santo Padre”, afirmou a governante à Renascença. Ana Catarina Mendes é responsável pela preparação da JMJ e tem sido alvo de críticas de autarcas devido a alegados atrasos na definição do plano de mobilidade.
Esta quinta-feira, dia 29 de junho, o Governo anunciou que o plano de mobilidade para a JMJ será divulgado entre 10 e 14 de julho, com o objetivo de identificar as zonas de acesso condicionado durante a semana de 1 a 6 de agosto. A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares anunciou este calendário durante uma conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, onde defendeu que os planos de segurança, saúde (já apresentado) e mobilidade da JMJ estão numa fase avançada.
Quando questionada sobre possíveis atrasos na conclusão dos planos de preparação da JMJ, a ministra rejeitou essas alegações e respondeu: “Posso afirmar que tem havido uma coordenação com as câmaras municipais e com a empresa da área metropolitana responsável por este plano”.
“Tem havido reuniões urgentes com as forças de segurança para desenvolver o plano de mobilidade. O objetivo do Governo é garantir que tudo corra bem e que exista uma coordenação entre todas as entidades”, afirmou.
A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares adiantou ainda que falou com os autarcas “para compreender as razões dessa ansiedade” após as críticas dos presidentes de câmara, alguns do Partido Socialista, em relação ao alegado atraso no plano.