O Governo vai aumentar novamente a taxa de carbono sobre os combustíveis rodoviários, que passará de 74,429 para 81 euros por tonelada de CO2 a partir de sábado, elevando os preços nas bombas, apesar da tendência de descida no mercado.
A partir de sábado, dia 14 de setembro, o Governo irá agravar novamente a taxa de carbono aplicada aos combustíveis rodoviários, que passará para 81 euros por tonelada de dióxido de carbono (CO2). Esta medida, que representa o segundo aumento da taxa de carbono numa semana, visa aproximar o valor dos 83,524 euros que seriam aplicados em 2024 se não houvesse congelamento.
A nova atualização da taxa, que estava a 74,429 euros desde segunda-feira, foi publicada em Diário da República esta sexta-feira. Segundo o Executivo, o objetivo desta medida é “promover uma fiscalidade verde e a descarbonização da energia”, mas terá como efeito direto o aumento do preço dos combustíveis nas bombas.
Este agravamento surge no seguimento de um descongelamento gradual da taxa de carbono iniciado em maio de 2023, após uma medida de congelamento que foi implementada como forma de apoio às famílias e empresas durante o aumento extraordinário dos preços energéticos. Com a descida dos preços dos combustíveis e a pressão da União Europeia para eliminar subsídios deste género, o Governo decidiu proceder a este novo ajuste.
Apesar da tendência de redução dos preços dos combustíveis no mercado, que apontava para descidas de quatro cêntimos na gasolina e dois cêntimos no gasóleo esta semana, o aumento da taxa de carbono atenuou estas quedas. Os preços desceram apenas 0,4 cêntimos no gasóleo e 2,8 cêntimos na gasolina, o que impede os consumidores de beneficiar plenamente da descida de preços.
O Governo justifica esta medida com a necessidade de “proteger o ambiente e promover a descarbonização”, mas assegura que o descongelamento será feito de forma gradual para minimizar o impacto nos custos para as famílias e empresas.