A greve da função pública de sexta-feira, dia 17 de março, teve adesão “perto dos 85%” no Hospital de São João, no Porto. Estão a ser cumpridos apenas os serviços mínimos.
O coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte, Orlando Gonçalves, em declarações à Lusa, demonstrou o seu agrado com a “forte adesão” à luta por parte dos trabalhadores, deixando claro que este envolvimento dos grevistas “é um alerta” ao Governo.
No Hospital de São João, os blocos operatórios estão fechados, estando apenas em funcionamento os serviços mínimos. A recolha de sangue para análises também não está a ser feita, deixando alguns utentes em protesto, que se dizem “enganados e gozados”.
“O balanço feito a esta hora [09:00] mostra uma adesão de 85% dos trabalhadores a esta luta. O impacto da greve tem sido bastante grande aqui no São João (…), afirmou Orlando Gonçalves.
Ainda de acordo com o sindicalista, a adesão deve-se “à postura” do Governo: “As pessoas não conseguem continuar a viver desta forma, com o aumento brutal do custo de vida, dos juros, inflação e especulação, e o Governo, em vez de andar com subsídios, tem é de dar aumentos salariais porque até há folga orçamental para isso”.
Já os utentes do Hospital demonstram “alguma compreensão” pelos motivos da greve, contudo, as queixas são muitas.
Para além dos serviços no Hospital de S. João, Orlando Gonçalves referiu que a Loja do Cidadão do Porto está encerrada, mas não adiantou a adesão à greve neste local.
O coordenador sindicato disse ainda que a greve provocou constrangimentos nos serviços de Finanças Públicas. Na Segurança Social só foram autorizadas “15 senhas para atendimento”.
A greve nacional dos funcionários públicos começou às 00:00. Para sábado, dia 18 de março, está marcada uma manifestação nacional, em Lisboa, promovida pela CGTP.