A greve vai manter-se nos próximos dias.
Os motoristas dos CTT no Centro de Produção e Logística do Norte, na Maia, iniciaram esta terça-feira, 26 de outubro, uma greve que “ronda os 80% de adesão e que se vai manter nos próximos dias”, anunciou a fonte sindical.
Em declarações à agência Lusa, Samuel Vieira, do Sindicato Independente dos Correios, Telecomunicações, Transportes e Expresso de Portugal, explicou que a greve se deve “à posição inflexível da empresa para resolver problemas graves que se arrastam ao longo do tempo” e que têm, segundo o sindicalista, “afetado gravemente o bom desempenho de funções por parte dos trabalhadores”.
O dirigente sindical indicou que “os trabalhadores têm, diariamente, de se defrontar com a falta de preenchimento das escalas de serviço, com a falta de condições para descanso nos locais de destino das carreiras imobilizadas”, além da falta de “diferenciação no abono de ajudas de custo entre os trabalhadores de Lisboa e do Porto, e com a perseguição e assédio moral movido pela empresa, sobre alguns trabalhadores”.
Samuel Vieira disse que a adesão ao primeiro dia de greve nos períodos entre as 04h30 e as 07h30 e entre as 15h00 e as 18h00, “rondou os 80% de adesão”, antecipando que assim continuará nos próximos dias de greve.
“A adesão foi forte e a greve vai continuar nos próximos dias nestes moldes e não há data para terminar, pois, da parte da empresa, não há respostas. Para já, a greve é só no Porto, mas há a possibilidade de se alargar a Lisboa”, sublinhou o dirigente sindical.
O sindicalista conta que esta greve vai provocar atrasos nas saídas dos motoristas da central da Maia para os centros de distribuição dos CTT, o que, no fim da linha, “irá causar atrasos nas entregas de correspondência e encomendas aos cidadãos”.