A greve, prevista entre os dias 16 e 19 deste mês, foi estendida a mais três empresas do grupo, intensificando as ações de protesto por melhorias salariais e condições de trabalho.
A greve de três dias na Cimpor, agendada para a próxima semana, ganhou a inclusão de trabalhadores da Ciarga – Argamassas, da Cimpor – Serviços e da Sacopor, segundo informa a revista Executive Digest. A Federação dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (Feviccom) anunciou que estas empresas também participarão na greve, especialmente no dia 18.
Para reforçar a mobilização, estão previstas concentrações dos trabalhadores grevistas às 08:00 em frente às instalações localizadas em São Pedro Fins, concelho da Maia e também em Souselas, Alhandra, Alenquer e Loulé. As reivindicações incluem, entre outras, apoio escolar para filhos dos trabalhadores, transporte e abonos para deslocações, criação de novas categorias profissionais, e melhorias nas condições de trabalho e na segurança.
A Feviccom criticou a postura da administração da empresa, acusando-a de fugir às negociações e de implementar unilateralmente um aumento salarial de 4,5%, valor considerado insuficiente pelas demandas dos trabalhadores. Estes exigem um aumento de 8% nos salários, com um mínimo de 200 euros, e a redução da jornada semanal de trabalho para 37 horas a partir de 1 de janeiro de 2025.
Este movimento grevista é o primeiro em mais de vinte anos. A Cimpor, agora parte do terceiro maior grupo cimenteiro mundial após aquisição pela Taiwan Cement Corporation (TCC), é vista pelos sindicatos como tendo recursos suficientes para atender às demandas.