Em 2023, os guarda-rios do rio Leça, que atravessa Santo Tirso, Valongo, Maia e Matosinhos, registaram 909 ocorrências.
Durante o ano de 2023, os guarda-rios responsáveis pela vigilância do rio Leça, que percorre os concelhos de Santo Tirso, Valongo, Maia e Matosinhos, no distrito do Porto, registaram um total de 909 ocorrências, de acordo com informações da Lusa. Estes incidentes, que incluíam focos de poluição, erosão nas margens, depósitos de lixo e atos de vandalismo, foram encaminhados aos municípios locais e ao Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR.
Este rio, o primeiro em Portugal a ser completamente monitorizado da nascente à foz, tem sido alvo de um projeto de limpeza e recuperação ecológica. No decorrer deste projeto, foram plantadas 51.643 plantas nativas, incluindo 36.150 árvores e 15.493 arbustos. Além disso, foram removidas 63 toneladas de madeira e resíduos do leito do rio, e criadas 444 unidades de pilhas de compostagem.
Outras ações significativas incluíram o corte de 295.267 metros quadrados de plantas exóticas invasoras, bem como a preservação de vegetação nativa nas margens do rio. Soluções de engenharia natural, como entrançado vivo, faxinas vivas e enrocamento com pedra e vegetação, também foram implementadas ao longo de sete quilómetros do rio. A empreitada incluiu a construção de muros e o reperfilamento de margens.
No âmbito da recuperação ecológica, foram cadastrados 214 tubos de descarga, 56 de captação e 52 casas de motor, com um investimento total de quatro milhões de euros, financiados pelo programa REACT-EU.
O rio Leça, com uma extensão de 48 quilómetros, já foi considerado um dos mais poluídos da Europa. Atravessando uma região com intensa atividade industrial, foi afetado com vários focos de poluição.