Há ainda 8 idosos internados e alguns utentes sem sintomas graves a recuperar da Covid-19 na instituição.
O NOTÍCIAS MAIA já tinha avançado a informação da primeira morte de um utente do Lar de Santo António em Gueifães no passado dia 7 de abril. Hoje, dia 22 de abril, Fernanda Lopes, assistente social e diretora, confirmou-nos que o lar tem a lamentar até ao momento a morte de quatro utentes. Todas estas pessoas estavam internadas em hospital e tinham mais de 85 anos. Uma das idosas que acabou por não resistir à infeção por Covid-19 tinha mesmo 99 anos.
Fernanda Lopes não tem ainda o número final de utentes e funcionários infetados visto que, apesar de todos já terem sido testados, não chegaram ainda os resultados de alguns testes. A diretora deste lar explicou-nos que há alguns utentes com o novo coronavírus mas que, por não apresentarem um quadro clínico preocupante, estão a recuperar no lar.
A inspirar mais cuidados estão oito utentes que se encontram internados no hospital mas “a recuperar bem”. Fernanda Lopes explicou-nos que sempre que algum idoso apresente sintomas agudos, é prontamente encaminhado para hospital. Neste sentido, a diretora comentou que tem notado uma “melhor resposta por parte dos hospitais”.
Equipa reforçada já a partir de segunda-feira
Aquando da primeira morte por Covid-19 no Lar e tendo em conta que já contava com vários funcionários infetados a recuperar em casa, Fernanda Lopes afirmou que ia recorrer a uma medida de apoio do IEFP.
Esta medida excecional vai permitir que o Lar de Santo António receba alguns colaboradores para compensar a equipa que está em casa, ou doente ou a cuidar de familiares. A diretora do lar espera que na próxima segunda-feira estes reforços já possam começar a trabalhar.
De momento o lar aguarda os resultados dos testes à Covid-19 feitos também a estas pessoas que vão integrar a equipa. A juntar à enfermeira que já havia sido contratada no início do mês, são mais duas alunas de enfermagem, um educador social, seis ajudantes familiares, duas pessoas para serviços gerais e duas para a cozinha.
Fernanda Lopes afirmou-nos que a maior preocupação do lar é, neste momento, cuidar das pessoas doentes e lembrou que a maioria dos utentes são “muito dependentes” mas que a infeção os pode afetar de diferentes formas. A própria diretora e assistente social contraiu a doença Covid-19, esteve a recuperar em casa e, tendo já feito os dois testes que atestaram que estava livre do vírus, já voltou ao trabalho.