Este domingo, dia 6 de março, foi o 11º dia da invasão russa na Ucrânia. O dia ficou marcado pelos avanços do exército russo, por vários contactos de chefes de estado com Vladimir Putin e pelo anúncio da intenção do G7 em aplicar novas sanções à Rússia. Putin voltou a exigir que a Ucrânia se renda. Zelensky, presidente ucraniano, volta a apelar à resistência contra os russos. O exército russo prepara-se para atacar Odessa, que é a terceira maior cidade da Ucrânia e um porto estratégico no mar Negro.
O destaque vai para um casamento entre Lesia Ivashchenko e Valerii Fylymonov, soldados ucranianos, num posto de controlo em Kiev. A razão é simples: o amor prevalece até em tempos de guerra.
Em resumo:
- A Netflix suspendeu o serviço na Rússia. A plataforma de streaming afirma que é uma decisão que materializa um protesto contra a invasão.
- O TikTok suspendeu o envio de novos vídeos e de transmissões em direto na Rússia.
- Dados da ONU apontam para mais de 1,5 milhões de refugiados provenientes da Ucrânia nos primeiros 10 dias de guerra.
- Milhares de russos voltaram a sair à rua para se manifestarem contra a guerra.
- A invasão já chegou a Irpin, uma cidade que fica a menos de meia hora de Kiev. Foram retirados milhares de civis, mas morreram oito pessoas durante esta operação, afirmou o presidente de Irpin.
- O exército russo prepara-se para atacar Odessa, a terceira maior cidade da Ucrânia.
- Em Kiev distribuem-se armas e produzem-se obstáculos e barricadas.
- O cessar-fogo temporário e a evacuação de Mariupol falhou pela segunda vez.
- António Guterres, secretário-geral da ONU, pediu um cessar-fogo para criar corredores humanitários.
- Vladimir Putin, presidente da Rússia, voltou a exigir que a Ucrânia se rendesse. São vários os líderes de países que contactaram Putin, como Emanuel Macron, presidente francês, ou Erdogan, presidente da Turquia, que pediu um cessar-fogo imediato e ofereceu-se para encontrar formas de negociar a paz.
- O G7 anunciou a intenção de aplicar mais sanções que atinjam os oligarcas russos.
- A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) demonstrou preocupação com a segurança da central nuclear ucraniana de Zaporizhzhya: “A direção da central está agora sob as ordens do comandante das forças russas que tomaram o controlo do local na semana passada”, afirmou o diretor-geral da agência especializada da ONU, Rafael Grossi.
- O maestro russo Tugan Sokhiev anunciou a sua demissão-se do Teatro Bolshoi e da Orquestra de Toulouse. Justificou a sua decisão como uma forma de protesto contra a invasão. Depois de ter afirmado ser contra qualquer conflito, revelou que lhe é pedido “que escolha uma tradição cultural em detrimento de outra. (…) Em breve vão pedir-me para escolher entre Tchaïkovski, Stravinsky, Chostakovitch e Beethoven, Brahms, Debussy. Isso já acontece na Polónia, um país europeu, onde a música russa foi proibida”.
- Dois soldados ucranianos casaram-se num posto de controlo em Kiev. Lesia Ivashchenko e Valerii Fylymonov foram casados por um padre em pleno teatro de guerra.
- A Ucrânia criou um website (invaders-rf.com), com informações sobre os prisioneiros de guerra russos.
- No comício do Partido Comunista Português, Jerónimo de Sousa demarcou-se de Putin, afirmou que os comunistas são contra a guerra – “que urge parar e que nunca deveria ter começado” – mas que alegou servir “a administração norte-americana e o seu complexo militar-industrial para desviar atenção dos problemas internos”.
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