No dia seguinte à tomada de posse de Donald Trump teve lugar, um pouco por todo o mundo, uma marcha de mulheres que saíram em protesto contra algo que nem elas próprias conseguem explicar. Não é abominando todo e qualquer homem que o movimento feminista consegue ser racional. Sem qualquer tipo de diálogo estruturado, além de chavões pré-construídos, este movimento não pode ser levado a sério.
Se este feminismo atual tivesse surgido há alguns milhares de anos, provavelmente hoje ainda habitaríamos todos em cavernas ou tendas. A sociedade ocidental que hoje temos foi construída principalmente às costas do tal “homem branco”, hoje em dia perseguido pelos movimentos da esquerda feminista, que berram por igualdade sem perceberem o que isso é.
Homens e mulheres são diferentes, tendo ambos os sexos uma propensão natural para se destacarem em determinadas áreas e com maior domínio, na generalidade, de determinadas competências.
A sociedade do “patriarcado moderno” é uma herança cultural, a que mais protege as mulheres, ao contrário de outros tipos de organização, alguns de base religiosa. É injusto falar em opressão à mulher, quando na verdade, no mundo ocidental desenvolvido ela é o elemento mais importante. Está assente na ideia de que as pessoas podem conseguir o seu melhor se trabalharem para isso, independentemente de serem ricos ou pobres, da sua cor ou do seu sexo. Este patriarcado diz que o potencial das pessoas não se baseia na sua identidade mas sim nos seus talentos e capacidades, tanto inatas como adquiridas, e no esforço que cada um exerce para alcançar os seus objetivos.
Não é culpa do patriarcado quando as mulheres falam em diferenças nas remunerações ou falta de progressão no local de trabalho. É sim fruto das várias escolhas que cada sexo tendencialmente faz.
Por outro lado, é culpa do patriarcado o facto de a esmagadora maioria das vítimas de guerra serem homens, serem os homens a maior percentagens dos suicídios e praticamente a totalidade de todos aqueles que morrem em acidentes de trabalho. É igualmente culpa do patriarcado que os trabalhos mais exigentes e sujos sejam realizados por homens e que os homens sejam usualmente prejudicados em disputas pela custódia dos filhos.
É absurdo defender, nessas mesmas marchas de mulheres, a desobrigação dos emigrantes assimilarem alguns dos valores da sociedade ocidental, quando muitos deles, fruto da aprendizagem cultural nos seus países de origem, tratam as mulheres como seres de segunda classe.
Quando o melhor argumento do partido democrata americano residia no facto do seu candidato ser uma mulher é natural que hoje estejamos num ponto de rotura a vários níveis, tanto sociais como políticos. A melhor qualidade de Obama era ser negro e no entanto a violência racial nunca foi tão evidente nos Estados Unidos como durante a sua presidência. Na verdade, não compreendo porque é que sendo negro se devia votar em Obama ou sendo mulher se devia votar em Hillary. Para mim isso é completamente racista e sexista.
Todo este espetáculo caótico da cena política americana, rapidamente absorvido na Europa, não serve os interesses de ninguém, muito menos dos manifestantes, sendo que só vai exaltar cada vez mais as posições de cada um.
João Carlos Loureiro
1 comentário
Você falou apenas a verdade que os grupos feministas teimam em não aceitar. Se dependêssemos de um matriarcado estaríamos lascando lenha com machado de pedra. O que fez a nossa civilização foi a ousadia e a inteligência do homem.