A taxa de ocupação dos hotéis que retomaram a atividade na cidade do Porto situa-se nos 20% a 30%. Há ainda 10% de unidades hoteleiras sem perspetiva de reabertura.
Dos muitos hotéis que a cidade do Porto tem, neste momento, acredito que 10% ainda permaneçam encerrados e os restantes [estão] a trabalhar com taxas de ocupação muito, muito baixas, entre 20% a 30%”, declarou hoje o presidente da Associação Portuguesa de Hotelaria Restauração e Turismo (APHORT), Rodrigo Pinto Barros.
Em entrevista telefónica à agência Lusa, a propósito da crise no setor da hotelaria relacionado com a pandemia de covid-19, o presidente da APHORT explicou que a quebra nas dormidas dos hotéis da cidade do Porto se deve, principalmente, à “falta do turismo internacional” e “há falta de grupos, que estão a cancelar quase diariamente as suas deslocações a Portugal”.
Já no início deste mês, o presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal, Luís Pedro Martins, havia declarado que a pandemia de covid-19 havia invertido os números da procura turística na região Norte, com o interior a atrair este verão 80% dos turistas, com o turismo rural a ser o motor da nova dinâmica, e a cidade do Porto a registar 30% de taxa de ocupação.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o turismo interno permitiu uma queda da atividade turística “menos intensa” em junho face a maio, tendo os hóspedes diminuído 82,0% em termos homólogos e as dormidas recuado 85,2%.
Com a pandemia há várias unidades hoteleiras que permanecerem fechadas, mas a grande maioria dos hotéis da cidade do Porto reabriu. A abertura trouxe, contudo, uma ocupação dos quartos “muito baixa” e uma “perspetiva de negócio muito fraca, porque o ‘corporate’ (grupos de turistas) desapareceu, o que nesta altura é normal” e porque o “turismo de cidade desapareceu”, tornando o negócio “muito incipiente”, classificou o presidente da APHORT.
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