Os satélites do sistema europeu Copernicus captaram imagens impressionantes das colunas de fumo provocadas pelos incêndios em Portugal, que têm vindo a devastar o território desde 14 de setembro. As nuvens de fumo estendem-se sobre vastas áreas do Atlântico, visíveis do espaço, e refletem a gravidade da situação.
Desde o passado dia 14 de setembro, incêndios florestais intensos têm devastado as regiões norte e centro de Portugal, especialmente os distritos de Aveiro, Viseu e Porto. Imagens captadas pelos satélites Sentinel-3, do sistema Copernicus, mostram a extensão do fumo produzido por estes fogos, que cobrem uma área de aproximadamente 100 mil quilómetros quadrados sobre o Oceano Atlântico, visível desde o espaço.
As colunas de fumo resultam da propagação de mais de 120 focos de incêndio, segundo o jornal Observador, que mobilizam milhares de operacionais e meios de combate. Só no distrito de Aveiro, o fogo já consumiu cerca de 20 mil hectares de floresta, segundo informação avançada pela RTP, especialmente nas zonas de Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga. As imagens partilhadas pela NASA corroboram a dimensão da tragédia, com o fumo a deslocar-se sobre o oceano, resultado das chamas incontroláveis que também destruíram inúmeras habitações e causaram sete mortes, incluindo a de três bombeiros.
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A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) mantém em alerta o país, com milhares de operacionais no terreno e mais de 1.700 veículos terrestres e meios aéreos envolvidos nas operações. O governo decretou a prorrogação da situação de alerta, prevendo o agravamento das condições meteorológicas que favorecem a propagação dos incêndios