O Inter Milheirós FC foi fundado em 1975 e está, desde 2016, ao comando de Fernando Coelho. Depois de duas subidas de divisão consecutivas da equipa sénior de futebol está atualmente a disputar a Divisão de Honra. O Notícias Maia foi conhecer o presidente que está por detrás da história do clube nestes últimos 3 anos.
Notícias Maia (NM): Como começa a história do Inter de Milheirós?
Fernando Coelho (FC): Foi um grupo de amigos que se juntou para formar o clube. Um deles ainda faz parte do clube, é o sócio número 1, Sérgio Cunha. A partir daí nasceu o Inter Milheirós, a vermelho e preto. Agora, desde 2005, é azul e preto (risos). Mudámos para azul e preto porque são as cores do Inter de Milão e, pela história que todos contam, a ideia deveria ser azul e preto só que houve um engano.
NM: Como têm sido estes três anos desde que assumiu a presidência?
FC: Quando cheguei à presidência do clube, na época de 2016/17, tínhamos 15 atletas juvenis. Foi um ano em que a equipa sénior e a direção do Inter foram para o AC Milheirós, que foi criado nesse mesmo ano de 2016. Eu entrei para o clube num momento de instabilidade. Na altura, o único a ficar foi o Márcio Magalhães, que é agora o treinador da equipa sénior. Nestes três anos o caminho tem sido feito a crescer. Atualmente temos mais de 200 atletas no clube. Quando cheguei, o objetivo principal era criar uma equipa, agora temos alguma ambição e já conseguimos subir de divisão dois anos consecutivos.
NM: Qual é o lema do clube? O que querem que os atletas representam?
FC: Nos seniores, diria que a equipa representa aquilo que eu e o treinador acreditamos: raça, ambição e luta constante pela superação.
NM: Quais são as perspetivas do clube para o futuro?
FC: A perspetiva, a nível de formação, é o crescimento em qualidade. Também a estrutura tem que crescer. Atualmente temos uma direção maioritariamente constituída por mulheres e, tenho a dizer, que é uma direção fenomenal para conseguirmos fazer mais e melhor. Mas mesmo com uma excelente direção, nós precisamos de crescer a nível de infraestrutura. Precisamos de uma bancada, por exemplo.
NM: É preciso alguém para investir?
FC: No que diz respeito à bancada, não o conseguimos fazer sem o apoio da Câmara. A Câmara da Maia apoia muito o desporto e, se não fosse assim, a maior parte dos clubes não estavam onde estão agora. Nós só queremos as condições que os outros clubes têm. Uma bancada chama as pessoas para verem os jogos.
NM: Objetivos para este ano?
FC: O objetivo é sempre melhorar e, agora que estamos numa divisão mais competitiva, é mais difícil subir. A nível de resultados temos muito por onde melhorar. Mas é tudo uma questão de trabalho e nós sabemos que temos um longo caminho pela frente.