João Sousa e Nuno Borges dão vantagem a Portugal na eliminatória da Taça Davis com a Polónia. Equipa da casa triunfou nas duas partidas de singulares que se realizaram no Complexo de Ténis da Maia.
João Sousa e Nuno Borges venceram as suas resptivas partidas frente aos polacos. No encontro que abriu a eliminatória, João Sousa (87.º classificado no ranking ATP) confirmou o favoritismo e venceu Kacper Zuk (190.º) por 6-3, 2-6 e 6-4. Depois, perante o “seu” público, o maiato Nuno Borges estreou-se em encontros de singulares na competição com uma reviravolta que lhe permitiu superar Kamil Majchrzak (75.º) com os parciais de 3-6, 6-4 e 6-3.
João Sousa: “Foi um ótimo dia. Já não jogava a Taça Davis em casa há muito tempo e é especial. Sente-se outra energia e vencer a jogar em Portugal é sempre um sentimento bom. Estou contente. Fiz um bom encontro, apesar de ter tido um segundo set menos conseguido. No terceiro, o apoio do público e da equipa foi fundamental. A energia foi numa boa direção e isso deu resultado. Estamos felizes com estas duas vitórias, mas conscientes de que ainda não está ganho. Amanhã precisamos do apoio do público.”
Nuno Borges: “Sem dúvida que o encontro foi uma mistura muito grande de várias emoções. Passou-me muita coisa pela cabeça e demorei a aquecer a máquina, mas estou muito contente por ter dado a volta. Foi a minha primeira experiência a jogar em casa, fez-me lembrar o ambiente que tive no Maia Open, com toda a gente a puxar por nós. Sem dúvida que me vai ficar por muito tempo na memória. Se estivesse a jogar sozinho, noutro torneio, seria mais complicado. Aqui estava disposto a largar tudo, ainda bem que tive o Rui e a equipa para ter a certeza de que eu estava lá e pronto para o resto. Acreditei que não importava o início, mas sim como acabava. Desde que continuasse a ter hipóteses durante o jogo ia dar tudo o que tivesse.”
Rui Machado, capitão: “Foi bom, foi mesmo. A minha primeira eliminatória [como capitão] em casa, com o privilégio de jogar com público, muita gente e um excelente ambiente. Conseguimos duas vitórias e isto é Taça Davis, mas não está ganho. Já temos muita experiência de Taça Davis e sabemos perfeitamente que um 2-0 não é uma eliminatória ganha, porque já recuperámos e já perdemos de 2-0, mas obviamente que é melhor estar assim”.
Terminado o primeiro dia do play-off do Grupo Mundial 1 da Taça Davis by Rakuten, Portugal encontra-se na frente da eliminatória com a Polónia por 2-0 face às vitórias dos dois tenistas, em solo maiato, e neste momento precisa de apenas mais um triunfo para carimbar o apuramento para o Grupo Mundial 1, que se vai realizar em setembro.
No sábado, a jornada inicia-se às 10h30 com o encontro de pares. Nuno Borges/Francisco Cabral e Szymon Walkow/Jan Zielinski foram as escolhas iniciais dos capitães, (Rui Machado e Mariusz Fyrstenberg), que poderão proceder a alterações até 60 minutos antes do início do encontro.
Para a jornada de sábado está também agendada a entrega do Davis Cup Commitment Award a Gastão Elias, logo após o encontro de pares. Este reconhecimento foi lançado pela Federação Internacional de Ténis (ITF) a propósito do seu centenário, em 2013, e é feito a todos os jogadores que tenham competido em pelo menos 20 eliminatórias da competição. O tenista da Lourinhã, que participa pela 23.ª vez numa eliminatória da Taça Davis, junta-se aos compatriotas João Cunha e Silva (30 eliminatórias), Nuno Marques (27), Emanuel Couto (20), Leonardo Tavares (20), Rui Machado (27), Frederico Gil (20) e João Sousa (30) na lista de homenageados.
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