Autarca da Maia é o maior produtor nacional de manjericos. Em Pedrouços, na Maia, chegam a ser produzidos mais de 45 mil manjericos que são vendidos em todo o país, chegando a ser exportados para França e Suíça, fazendo da Maia a capital do manjerico.
Joaquim Araújo é presidente da Junta de Freguesia de Pedrouços e nesta altura do ano não tem mãos a medir. A produção faz-se em dois campos com cerca de sete mil metros quadrados, organizados em longas fileiras de manjericos, preparados para serem colhidos nesta época. Esta erva aromática está fortemente ligada às festas dos santos populares, como o Santo António, São João e São Pedro, que vão sendo celebrados durante estes dias, um pouco por todo o país. O autarca chega mesmo a vender para França e Suiça, muito por causa dos “emigrantes” que mantêm o gosto de celebrar com a tradição do manjerico.
Mas para que os manjericos estejam “lindos e saudáveis” em junho, o autarca inicia a produção em fevereiro, semeando ainda em viveiro. Só em abril e depois de ultrapassada a luta contra os “infestantes”, é que são transferidos para a terra, onde são devidamente alinhados com espaço para se desenvolverem. Os manjericos vendem-se de vários tamanhos, de acordo com o pedido do cliente, sendo que alguns atingem os 40 centímetros.
Joaquim Araújo confessa ser um apaixonado pelo manjerico, que apelida como a “planta dos namorados”, porque transmite “alegria e paixão”, além de ser um “excelente adorno, capaz de perfumar o local onde está”. O manjerico é ao mesmo um “repelente para as melgas”, usando para isso o aroma que liberta. Depois de colhido o manjerico, é colocado num vaso típico e leva a famosa quadra de São João.
O autarca maiato referiu ainda que “a terra da Maia é em geral boa para cultivo”, com “temperaturas amenas” e que a proximidade com o Porto, que celebra o São João este mês, tornam o local propício ao cultivo do manjerico.