O Jornal de Notícias (JN) assim como outros órgãos de comunicação social do grupo Global Media, como a TSF ou O JOGO, vão abandonar a sede histórica na Rua de Gonçalo Cristóvão ainda antes do verão.
Este processo de saída da “Torre JN” tem sofrido avanços e recuos nos últimos anos desde que, no início de 2019, o prédio foi vendido a uma sociedade chinesa relacionada com o empresário macaense Kevin Ho, que detém 30% do grupo Global Media.
Uns meses depois, acordou-se a construção de um hotel com o Grupo Marriott, num investimento de 35 a 40 milhões de euros para se criarem 213 quartos de “luxo”, com alusões históricas ao jornalismo e à atividade do JN.
Inicialmente, a primeira hipótese pensada para o novo local de trabalho dos profissionais do Global Media Group foi na Rua Latino Coelho, a um quilómetro da Torre JN, na “Garagem da Fiat”, um espaço que serviu de concessionário de automóveis durante várias décadas.
A saída, inicialmente prevista para 2019, não se concretizou. Em 2021, também não, e a ideia de uma mudança para a “Garagem da Fiat” ficou sem efeito.
Tendo a primeira hipótese sido descartada, a mudança destes profissionais tinha outro destino, a Prelada. Confirmada a informação pelo Porto Canal, “estão a ser equipados dois pisos no número 470 na Rua do Monte dos Burgos, ao lado da VCI e logo após a estação de serviço da Repsol. O imóvel não pertence à Global Media, mas existe um contrato de arrendamento”, informou o jornal.
De acordo com as informações ainda recolhidas pelo Porto Canal junto do JN, a ideia é de que este processo de transição decorra até ao dia 30 de abril, sendo que o processo de transferência de equipamento e preparação do espaço já estão atualmente em curso.
Contactada pelo Porto Canal, a atual diretora do JN, Inês Cardoso, recusou comentar por “não se tratarem de questões editoriais, mas sim de gestão” e reencaminhou qualquer pergunta à administração do jornal.