Assembleia Municipal Jovem, reuniu-se na sexta-feira, dia 21 de abril, para debater “A saúde mental nos jovens”.
A Assembleia Municipal Jovem é uma iniciativa da Assembleia Municipal da Maia, presidida por Bragança Fernandes, e é destinada a todos os alunos do ensino secundário dos estabelecimentos de ensino públicos e privados do Concelho , que pretendam ter uma participação ativa na vida pública e política do Município.
Nesta sessão, o documento proposto pela Câmara Municipal apontava para estudos recentes que identificaram o aparecimento de problemas como a ansiedade, a depressão, o burnout, a perturbação obsessivo-compulsiva e a perturbação de stress pós-traumático.
A autarquia destaca que está ciente das complicações que estes problemas podem ter na saúde mental, tendo já iniciativas inscritas no Programa Municipal de Saúde Escolar, dedicadas à promoção da Saúde Mental dos mais novos, como é o caso do projeto desenvolvido com a Unidade Autónoma de Cestão de Psiquiatria e Saúde Mental do CHU São João, que conta já com a participação de 360 alunos divididos por 10 escolas do Concelho e que tem como objetivo “sensibilizar as crianças e os jovens para a realidade da doença mental”.
Outro projeto também atualmente em curso é o ciclo de debates, em parceria com a Universidade da Maia, focado em temas como o bullying, a violência no namoro, a saúde e os afetos. “Todavia, há a consciência que é possível e necessário evoluir na abordagem a esta problemática, que será tanto ou mais eficaz quanto maior for o envolvimento direto da comunidade”, reconhece a proposta assinada pelo Presidente António Silva Tiago.
Programa Municipal de Saúde Escolar: Três pilares fundamentais
A proposta assinada pelo autarca maiato assenta em três pilares: – diagnóstico, reflexão e ação, com vista a ser protagonizado pelos agentes educativos, contando com o apoio do Município.
“Acreditamos que a primeira fase será de grande relevância, pois poderá permitir termos um retrato concreto da realidade da saúde mental dos jovens no nosso concelho”, sublinha o presidente da autarquia.
O Plano Municipal de Saúde decorre paralelamente com o Plano Local de Saúde já apresentado pelo ACES Maia-Valongo e, no quadro da descentralização de competências na área da Saúde, irá desenvolver um Plano Municipal de Saúde Mental.
Jovens deputados consideram esta proposta “insuficiente”
Os jovens deputados presentes nesta sessão consideraram que a proposta apresentada poderia ser melhorada. Para ajudar, resolveram apresentar algumas ideias, como um cheque municipal de saúde mental; um passe “Move-te” para a prática da atividade física; a contratação de mais psicólogos e de educadores sociais não só para os estabelecimentos de ensino, mas também para as freguesias; a criação de clubes/gabinetes onde os jovens possam discutir abertamente estas matérias e um ciclo de formação sobre saúde mental para os professores e pedem mais investimento nesta área.