O Tribunal Judicial do Porto aceitou o pedido de indemnização civil apresentado pelo F. C. Porto no processo da Operação Pretoriano. A juíza Ana Dias admitiu a inquirição de testemunhas e documentos apresentados pelo clube, que reclama cinco milhões de euros a Fernando Madureira, Sandra Madureira e outros dez arguidos, acusados de causar prejuízos financeiros e danos à reputação do clube.
O Grupo F. C. Porto avançou com um pedido de indemnização civil de cinco milhões de euros contra Fernando Madureira e outros 11 arguidos no âmbito da Operação Pretoriano, processo que investiga alegados atos de intimidação, ameaças e agressões. De acordo com a informação avançada pelo Jornal de Notícias, a juíza Ana Dias, do Tribunal Judicial do Porto, admitiu o pedido, conforme consta no despacho datado de 7 de janeiro.
O clube alega que as ações dos arguidos, maioritariamente associados aos Super Dragões, resultaram em perdas financeiras significativas, incluindo receitas, oportunidades de negócios e patrocínios. Além disso, o F. C. Porto defende que o comportamento intimidatório comprometeu o desempenho desportivo da equipa, afetando jogadores e equipa técnica, o que terá contribuído para a não qualificação para a Liga dos Campeões.
De acordo com a acusação do Ministério Público detalhada pelo Jornal de Notícias e segundo o mesmo já validada pelo Tribunal de Instrução do Porto, Fernando Madureira e os restantes arguidos terão agido de forma concertada para criar um clima de intimidação durante a Assembleia Geral Extraordinária de 13 de novembro de 2013. O objetivo seria garantir a continuidade de Pinto da Costa na presidência do clube, de forma a manter privilégios, incluindo lucros financeiros provenientes da venda de bilhetes no mercado negro.
A direção do F. C. Porto alega ainda que estas ações resultaram em danos à reputação do clube e em consequências emocionais negativas para os adeptos, como medo e vergonha. O pedido de indemnização inclui testemunhas e documentos apresentados pelo clube que sustentam estas alegações.
O processo seguirá agora para julgamento, onde será avaliada a responsabilidade dos arguidos e os prejuízos alegadamente causados ao clube.