A ministra da saúde pediu “cuidados especiais” a quem está a recuperar da Covid-19 no local de residência.
Na habitual conferência imprensa diária do passado domingo, Marta Temido, ministra da saúde, informou que, na análise de uma amostra de 2 958 casos confirmados de infeção, o local de coabitação foi “o principal contexto de transmissão” do novo coronavírus. Esta amostra foi retirada do universo de 4 370 confirmados entre os dias 18 e 24 de abril.
Desta amostra, 30% dos casos indicava o local de coabitação como o local de transmissão. Um número que levou a ministra da saúde a pedir “cuidados especiais” a quem se encontra em casa infetado e a recuperar.
Segunda esta mesma amostra, 25% dos casos confirmados correspondiam a “situações de surto”. Isto é, trata-se de um conjunto de casos em instituições coletivas como lares, instituições de solidariedade social, entre outros.
Marta Temido frisou ainda que, “apesar das restrições decorrentes do estado de emergência” 9% destes casos confirmados referiam a transmissão em contexto social. A ministra deixa assim um apelo “a que ninguém, em qualquer circunstância, baixe as medidas de prevenção da transmissão da infeção“.
Antes de terminar a sua primeira intervenção, a ministra reforçou a ideia de que “o esforço tem de ser continuado e precisamos de continuar a garantir as medidas que temos aprendido“. Estas medidas são, para a mesma, “a nossa melhor defesa no combate à infeção e no alívio das medidas de confinamento que precisamos de começar a considerar para responder a outras necessidades socias”.