De acordo com dados provisórios do gabinete nacional de estatística, a nível nacional houve um aumento na renda mediana dos novos contratos de arrendamento, durante o terceiro trimestre de 2022, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Em Portugal, o valor da renda mediana atingiu 6,55 euros por metro quadrado, um aumento de 7,6% em relação ao terceiro trimestre de 2021. Além disso, houve um aumento de 5,4% no número de novos contratos de arrendamento em comparação com o segundo trimestre de 2022, mas uma diminuição de 5,5% em relação ao terceiro trimestre de 2021.
As rendas medianas das casas são calculadas pelo INE partindo dos novos contratos de arrendamento celebrados num determinado período. E, sobre este ponto, o Instituto revelou esta semana que foram assinados no verão de 2022 um total de 22.138 novos contratos, menos 5,5% do que os celebrados no mesmo trimestre de 2021. Houve, contudo, um aumento de 5,4% face ao segundo trimestre de 2022.
A verdade é que houve menos famílias a arrendar casas em 10 das 25 sub-regiões do país no verão de 2022 face ao mesmo período do ano passado. Entre os territórios em que se registaram as maiores reduções de contratos de arrendamento está a Região Autónoma dos Açores (16,4%), o Alentejo Litoral (11,8%) e o Algarve (11,6%). Mas também houve sub-regiões que, pelo contrário, viram o número de contratos subir, como Trás-os-Montes (+25,6%), Beira Baixa (+21,5%) e Tâmega e Sousa (+12,0%). Já relativamente ao trimestre anterior, 20 sub-regiões registaram um aumento do número de novos contratos de arrendamento.
Regiões em que as rendas das casas mais subiram e mais desceram
No terceiro trimestre de 2022, quase todas as sub-regiões de Portugal registraram aumentos nas rendas de casas em comparação com o mesmo período do ano anterior. As regiões do Alentejo Litoral e do Alto Alentejo apresentaram os maiores aumentos, de 32,5% e 25,8%, respetivamente.
As áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto também tiveram aumentos nas rendas, de 12,6% e 9,2%, respetivamente.
A única sub-região onde as rendas das casas diminuíram foi a Região Autónoma dos Açores, com uma queda de 5,3%. As rendas mais baixas foram observadas nas regiões de Trás-os-Montes, Tâmega e Sousa e Beira Baixa.
Municípios com maiores subidas e descidas
No terceiro trimestre de 2022, as rendas das casas subiram em quase todos os municípios com mais de 100 mil habitantes. Os que registaram os maiores aumentos foram Barcelos (25,5%), Funchal (20,2%) e Cascais (20,0%), enquanto as menores subidas ocorreram na Maia (8,8%) e em Coimbra (9,4%).
O único município com mais de 100 mil habitantes onde as rendas das casas diminuíram foi Vila Nova de Famalicão (-0,6%), embora tenha sido o município que registou o maior aumento no número de novos contratos de arrendamento (+9,4%).
Nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, todos os municípios com mais de 100 mil habitantes apresentaram rendas medianas superiores à média nacional, com exceção de Santa Maria da Feira (4,83 euros/m2) e de Gondomar (6,35 euros/m2).
Os concelhos, com mais de 100 mil habitantes, onde as rendas das casas são mais baixas são Guimarães (4,48 euros/m2), Barcelos (4,62 euros/m2) e Vila Nova de Famalicão (4,66 euros/m2).