O indicador de independência financeira na Maia marca os 72 por cento. O mesmo valor do ano anterior quando o município da Maia ficou atrás do Porto.
O Município da Maia é o que tem maior independência financeira do conjunto dos 86 concelhos do Norte do país.
Um estudo agora publicado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) demonstra que a Maia tem um indicador de independência financeira de 72 por cento, mais elevado do que o da segunda maior cidade do país, o Porto, que apresenta 69 por cento. O estudo incide sobre o orçamento de 2020 dos municípios.
Recorde-se que no anterior estudo da CCDR Norte, referente ao ano de 2019, a Maia surgia em segundo lugar, também com um indicador de independência financeira de 72 por cento, mas depois da cidade do Porto, que apresentava um valor de 80%.
O indicador de independência financeira apresenta o rácio entre as receitas próprias e as receitas totais, que incluem as transferências para os municípios e o passivo financeiro.
No agregado dos orçamentos municipais da Região do Norte, o indicador de independência financeira é de 43%, o que significa que em mais de metade dos municípios da região a previsão das “Receitas Próprias” é inferior à das “Receitas Totais”.
Maia é dos município que menos depende das transferências
A Maia surge então em primeiro lugar no que diz respeito à independência financeira. Segue-se o Porto, com 69% Castelo de Paiva e Vila Nova de Gaia com 63%. No final da tabela, está Vinhais, com 11%.
Em simultâneo, a Maia faz parte do conjunto de municípios que menos depende das transferências, com um grau de dependência de 28 por cento, apenas ultrapassado pelo Porto (18%). O Município da Maia é ainda, o segundo concelho que menos depende das receitas do Fundo de Equilíbrio Financeiro.
António Silva Tiago afirma que o estudo agora publicado “demonstra a vitalidade financeira do município da Maia e o cuidado tido por este executivo na gestão dos dinheiros públicos. Existe rigor nas contas, mas não deixamos de investir nas pessoas e nas infraestruturas”.
Para o presidente da Câmara Municipal da Maia, “este tem sido um mandato em que consolidamos as contas municipais, nomeadamente ao resolvermos as mais importantes dívidas histórias, ao mesmo tempo que fazemos um forte investimento no território e aumentamos as funções sociais da Câmara”.
O autarca sublinha que “só com esta saúde financeira do Município foi possível darmos uma resposta tão pronta e efetiva desde a primeira hora no combate à pandemia e na mitigação dos seus efeitos sociais e económicos. Só assim foi possível, por exemplo, dotarmos com 1 milhão de euros o fundo municipal de emergência e avançarmos com um programa extraordinário de apoio às empresas e proteção do emprego no valor de 1,2 milhões de euros”.