Numa análise dos municípios de grande dimensão, para o ano de 2018, Lisboa, Porto, Oeiras e Maia são, por ordem, os quatro melhores. Aqui, comparativamente a dados de 2016, a autarquia maiata mantém a posição anteriormente alcançada.
No Rating Municipal Português (RMP), elaborado para a Ordem dos Economistas, as notas são dadas de acordo com quatro critérios: governação, desenvolvimento económico e social, eficácia nos serviços à população e sustentabilidade financeira. Dos 308 municípios portugueses, 185 são considerados pequenos (com menos de 20 mil habitantes), 99 de média dimensão (com entre 20 mil e 100 mil habitantes) e apenas 24 de grande dimensão (com mais de 100 mil habitantes).
Considerando os municípios de todas as dimensões, a Maia é 32ª em governação, 11ª em desenvolvimento económico e social, 25ª em eficácia nos serviços à população e 74ª em sustentabilidade financeira. Assim, no ranking global, a Maia fica pelo 14º lugar em 2018, caindo 3 posições face à avaliação de 2016.
Dentro do universo dos municípios da região norte, a Maia ocupava em 2016 a segunda posição geral. Em 2018, caiu para a 6ª posição, sendo ultrapassada por Porto, Bragança, Ponte de Lima e Vila Pouca de Aguiar que, com a exceção do Porto, são autarquias de pequena e média dimensão.
De acordo com os autores do estudo, Lisboa é o município mais sustentável do País (2016 e 2018), devendo essa posição fundamentalmente ao seu desenvolvimento económico e social (em sustentabilidade financeira não tem bons resultados). Celorico da Beira é o município menos sustentável graças ao seu mau comportamento em todos os indicadores.
Mais ainda, na Região Norte, os melhores municípios são o Porto (devido à situação financeira e desenvolvimento económico e social), Bragança (Serviço aos Cidadãos) e Ponte de Lima (devido à Sustentabilidade Financeira e Serviço aos Cidadãos). Os piores municípios são Alijó, Tabuaço e Santa Marta de Penaguião (mau comportamento em todos os indicadores, exceto em governance).
A apresentação do Rating Municipal Português (RMP), foi feita, no dia 7 de Maio, no Auditório 3 da Fundação Calouste Gulbenkian. Esta avaliação integra 4 dimensões de análise – a governação municipal, o serviço aos cidadãos, o desenvolvimento económico e social e a sustentabilidade financeira, proporcionando aos municípios e cidadãos uma matriz estratégica de intervenção e, aos decisores públicos, implicações políticas de cooperação estratégica, numa lógica supramunicipal. O modelo é participativo e contou, na definição dos indicadores e respetivos ponderadores, com a participação ativa de académicos internacionais e, em Portugal, do Tribunal de Contas, da DGAL – Direção Geral das Autarquias Locais, da IGF – Inspeção Geral de Finanças, da ANMP – Associação Nacional de Municípios Portugueses, do TIAC – Transparência e Integridade, Associação Cívica, entre outras entidades e individualidades do sector.