“Através de uma aplicação para ‘smartphone’ gratuita, os pais vão ter acesso ao dia a dia dos seus filhos na escola, podendo saber as faltas de material e as notas dos testes, entre outras funcionalidades”, afirmou esta quarta-feira à Lusa o presidente da Câmara da Maia, Bragança Fernandes, no âmbito de uma cerimónia de entrega de manuais digitais aos alunos do ensino básico, que decorreu esta manhã no centro escolar Vermoim/Gueifães.
Segundo Bragança Fernandes, trata-se de dar oportunidade aos encarregados de edução de “fazerem um acompanhamento mais próximo do que os seus filhos fazem na escola”.
“Os registos são diários e, através da aplicação, os pais têm acesso ao currículo do filho”, sustentou.
Todos os alunos das escolas públicas da Maia, distrito do Porto, recebem há já alguns anos manuais digitais, nos quais podem explorar além dos conteúdos programáticos, provas (testes/exames) efetuadas em anos letivos anteriores e/ou diversos exercícios.
A ‘Plataforma Participa +’ possui conteúdos diferenciados para as crianças do 1º ao 4º ano do Ensino Básico e junta jogos adaptados à realidade da Maia que permitem aos mais novos conhecer melhor o concelho a outras funcionalidades didáticas facilmente manuseáveis pelos alunos, que assim aprendem de forma didática quase como se de um jogo se tratasse.
A plataforma pode ser utilizada em casa e nas salas de aula, aqui através de um quadro interativo no qual os alunos testam os seus conhecimentos através de um processo simples e intuitivo.
“Trata-se de mais um passo na inovação que pretendemos continuar no setor da Educação na Maia”, conforme resumiu António Silva Tiago, vice-presidente da autarquia, também presente na cerimónia desta quarta-feira.
António Bragança Fernandes, por seu lado, lembrou que, na Maia, os manuais escolares são oferecidos aos alunos dos 1.º ciclo dos escalões A e B de ação social, abrangendo cerca de 2200 alunos dos cerca de 5000 que frequentam aquele ciclo de ensino, mas também “os cadernos de atividades”.
“Quando o Estado diz que oferece os manuais aos alunos do 1.º ciclo está apenas a suportar 50 por cento dos custos reais, porque não contempla os cadernos de atividades”, afirmou Bragança Fernandes, defendendo a aplicação de “medidas mais justas” para a população.
No entender do autarca, o Estado deveria “proteger os mais desfavorecidos”, suportando apenas os custos dos manuais escolares dos alunos que realmente têm necessidades.
Assim, “não há igualdade de oportunidades”, disse, considerando que o custo com manuais que serão oferecidos a quem realmente não precisa suportaria o pagamento dos cadernos de atividades aos mais desfavorecidos.
O Orçamento do Estado para este ano, publicado em Diário da República no dia 28 de dezembro, prevê no seu artigo 156.º a gratuitidade dos manuais escolares.
“É prosseguido o regime de gratuitidade dos manuais escolares previsto no artigo 127.º da Lei n.º 7-A/2016, de 30 de março, com a distribuição gratuita dos manuais escolares, no início do ano letivo de 2017/2018, a todos os alunos do 1.º ciclo do ensino básico da rede pública”, lê-se.
Fonte: porto24.pt