Além da autarquia da Maia, distrito do Porto, assinaram ontem de tarde um protocolo de cooperação o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), o Centro de Reabilitação Profissional de Gaia (CRPG) e a Associação Empresarial da Maia (AEM).
“Defendemos como fundamental a atenção dada a pessoas que às vezes se sentem fora da sociedade. Queremos que sejam felizes na sua integração”, disse o presidente da câmara da Maia, Bragança Fernandes, indo ao encontro das palavras do responsável do IEFP, Jorge Gaspar, o qual defendeu que “não há melhor forma de inclusão social do que ter um emprego”.
São objetivos do protocolo celebrado proporcionar às pessoas com deficiência, incapacidade e capacidades de trabalho reduzidas o exercício de uma atividade profissional e o desenvolvimento de competências pessoais, sociais e profissionais necessárias à sua integração, em regime de trabalho normal.
A implementação do “INTEGRARE” será “imediata”, disse à agência Lusa Bragança Fernandes, enquanto Jorge Gaspar sublinhou que o IEFP dispõe de “instrumentos, nomeadamente majorações dos apoios à contratação, destinados à integração dos trabalhadores com deficiência ou incapacidade”, apontando este como um dos exemplos de “ajudas” que o programa poderá vir a proporcionar.
“No IEFP entendemos que o mercado de trabalho deve ser um lugar para todos, independentemente das suas circunstâncias e por isso adaptamos as nossas estratégias e os nossos instrumentos de integração no mercado de trabalho em função dos públicos”, referiu o presidente do conselho diretivo do IEFP.
Questionados sobre quantas pessoas poderão vir a beneficiar com este programa, os responsáveis explicaram que o universo estará dependente do número de inscritos com estas circunstâncias no centro de emprego da Maia.
No âmbito deste programa serão promovidas ações que visem, entre outros aspetos, potenciar a empregabilidade, bem como serão realizados seminários, conferências e workshops que, lê-se na apresentação do “INTEGRARE”, “contribuam ativamente para a consciencialização da sociedade empresarial para a importância da integração das pessoas com deficiência”.
“Entusiasmo” e “espírito de missão” foi como a presidente do conselho de administração do CRPG, Luísa Moura, descreveu o “passo” dado esta parte no sentido de “dar mais qualidade de vida” às pessoas com deficiência e incapacidade, vincando a mensagem de que “assim a sociedade é mais aberta, mais inclusiva e mais justa”.
Já o vice-presidente da AEM, Paulo Lessa, falou do “papel importante que as empresas podem ter na integração”.
Corroborando esta convicção, Bragança Fernandes vincou que a Maia é um “concelho empregador”, lembrando que ali estão instaladas 30 mil empresas e apontando que a taxa de desemprego atual na Maia é de 9% “muito abaixo do nível nacional e da Área Metropolitana do Porto”, referiu.
À margem da sessão o autarca enumerou algumas medidas que a autarquia tem vindo a tomar na área da deficiência, enumerando apoios dados a instituições locais, a existência de ecopontos destinados à reciclagem que estão preparados para que uma pessoa que se desloque em cadeira de rodas possa aceder, a recolha de lixo à porta das casas de pessoas com deficiência, entre outras.
Fonte: Lusa