A empresa da Maia, SOPSA, está a produzir contentores de resíduos urbanos de última geração. A ideia é cada contentor abrir apenas com a passagem de um cartão que cada família terá. O princípio subjacente é colocar os consumidores a pagar os resíduos urbanos em função do lixo que produzem, em vez de o fazerem com base nas tarifas pré-estabelecidas pelas autarquias.
Assim, a empresa da Maia concebeu contentores que permitem medir a quantidade de resíduos depositados, só autorizando um máximo de 90 litros de cada vez, no respeito pelas diretivas que estão a ser desenhadas. A informação da quantidade, associada ao respetivo cartão, é enviada a uma central, que fará a tarifação correta.
Um dos contentores já está a ser testado em França e a empresa espera estar, no próximo ano, também numa cidade portuguesa. Os contentores em causa são modelos enterrados e estão a ser pensados para as cidades inteligentes do futuro, compatíveis com sistemas em rede, que permitem o controlo do acesso, a monitorização do nível de enchimento e a otimização do processo de recolha. A inovação foi uma das saídas encontradas pela empresa, a par da internacionalização e da criação de uma nova marca, a Lasso, para dar a volta aos anos difíceis da troika. No plano externo, a empresa chegou ao mercado francês, em 2015, ao Canadá, este ano, e estão em fase de conclusão negócios com Marrocos, Argélia, Holanda, Polónia e Chile. “E o resultado tem sido positivo”, afirmou Pedro Costa Martins, CEO da Sopsa, apontando números de 2015 que atestam o crescimento: as vendas subiram 7,5% para um volume de negócios de 2,7 milhões de euros. O mercado externo cresceu (6,5%) e representou 20% das vendas. A autonomia financeira foi de 42,7%. O ritmo positivo estendeu-se a 2016, quando a empresa aumentou as vendas 5% no primeiro semestre, embora, para o total do ano, Pedro Costa Martins esteja a prever ficar em linha com o ano anterior, devido a “atrasos na aprovação de projetos das autarquias com fundos europeus”, o que fará passar negócios para o próximo ano.