Combater o desperdício alimentar, alimentar quem precisa e incluir a comunidade em que se insere. São estes os três pontos essenciais da Refood. Uma iniciativa que consiste em recolher excedentes alimentares e distribuí-los por quem mais precisa.
A Refood Maia Centro nasce oficialmente em 2016. ngelo Soares, atual vice coordenador do núcleo, foi um dos pioneiros. Desejava começar a fazer voluntariado e impulsionou a implementação deste projeto que funciona em pequenos núcleos para que seja possível cumprir o propósito de estar perto de quem ajuda.
Ao começar, o grupo de voluntários contou com o apoio da Câmara Municipal da Maia que lhe cedeu um espaço para o centro de distribuição. É lá que a comida é guardada e dividida para que os beneficiários a possam vir buscar. A Refood na Maia começou por ajudar 6 famílias, atualmente distribui alimentos por 25.
Para conseguir operar, conta com 35 parceiros de recolha. Isto é, restaurantes, confeitarias, mercearias e ainda com dois hipermercados sediados na Maia, o Pingo Doce e o Continente. Voluntários são 120 mas por aqui já se formaram mais de 300.
ngelo Soares explica que o núcleo tem sempre necessidade de acolher novas pessoas para ajudar esta causa e que, se os voluntários duplicassem, seria até possível abrir um novo núcleo na Maia.
A qualidade dos alimentos recolhidos diariamente varia visto que se tratam de excedentes. A Refood tem a preocupação de, em dias de recolhas menos significativas, poder ajudar com enlatados. Mas, quando a própria Refood tem excedente, reparte por 12 outras instituições, ou “Refoods” vizinhas ou instituições sociais do concelho.
Sobre a Refood
O primeiro núcleo da Refood nasceu em Lisboa, em 2011, por iniciativa de um americano que, de bicicleta, recolhia os excedentes de comida de vários locais e depois distribuía a quem mais precisava.
Ao todo, no país, a Refood conta agora com 60 núcleos, 7 mil voluntários, 6 500 beneficiários, 2 500 parceiros, 150 mil refeições por mês e 75 toneladas de alimentos recolhidos mensalmente.