Ana Sousa começou a doar sangue em 1996 e nunca mais parou. Aos 63 anos, esta maiata já fez mais de 100 dádivas de sangue e plaquetas, e tudo começou com um problema de saúde.
Ao NOTÍCIAS MAIA, explica que o marido teve um grave problema de saúde no pâncreas e que precisou de “muitas transfusões para sobreviver”. “Na altura, o médico disse-me que se o meu marido sobrevivesse era um milagre”, conta-nos.
Felizmente, o marido de Ana Sousa conseguiu recuperar, tendo sido esse o momento que levou esta maiata a tornar-se dadora regular. “Eu ofereci-me para doar sangue porque, já que salvaram o meu marido, eu também queria poder ajudar os outros”, explica.
Entre risos, Ana Sousa conta-nos que, depois de se informar, percebeu que teria de engordar, uma vez que não tinha peso suficiente para ser dadora. E assim o fez.
Em 2000, depois de dezenas de dádivas de sangue, Ana Sousa percebeu que tinha condições para doar plaquetas. E é aqui que os números se tornam expressivos. É que, desde então, a maiata tem já 109 dádivas de plaquetas para o Instituto Português do Sangue. E não tenciona parar por aqui.
“É uma prioridade. Prometi que, enquanto pudesse, dava plaquetas. E quando já não puder vou ter muita pena, porque isto faz parte da minha vida”
Questionada sobre a diferença entre doar sangue ou plaquetas, Ana Sousa explica que “era mais fácil dar sangue do que plaquetas”, mas apenas por uma questão de tempo. Isto porque o processo de dádiva de plaquetas demora cerca de uma hora, mais do dobro de uma dádiva de sangue.
Ana Sousa conta que consegue doar “de dois em dois meses” e garante que organiza a sua vida de forma a não falhar as datas das dádivas. “É uma prioridade. Prometi que, enquanto pudesse, dava plaquetas. E quando já não puder vou ter muita pena, porque isto faz parte da minha vida”, sublinha.
Ao nosso jornal, a maiata, residente em Vermoim, conta que até já conseguiu converter alguns amigos a tornarem-se dadores. “Não custa mesmo nada!”, garante.
Com 25 anos de dádivas de sangue e plaquetas, Ana Sousa diz que fica muito contente “por poder ajudar a salvar outras vidas” não esquecendo que “hoje são eles, e amanhã podemos ser nós”. “Não custa nada fazer o bem aos outros”, conclui.