Os motoristas da Uber e Cabify, insatisfeitos com a violência e tratamento que alegam sofrer por parte dos taxistas, marcaram uma manifestação em várias zonas do país, exigindo respeito e direito a trabalhar. Um dos locais escolhidos foi a Maia.
Cerca de três dezenas de motoristas concentraram-se junto ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, na Praça Exército Libertador, em Moreira, para uma concentração pacífica, “bem longe da concentração dos taxistas”. Em declarações ao Notícias Maia, assumem que “não querem violência” e que a concentração “não está ligada à nova lei”.
A convocatória para a concentração foi feita em grupos fechados, de motoristas da Uber e Cabify, nas redes socais.
Nuno Lima, motorista de 32 anos, explica que não se trata de um protesto mas sim de “uma concentração”. O organizador garante que desde o início da operação, são frequentes as “agressões por parte de taxistas porque não concordava com a Uber. “Queremos paz para trabalhar”, remata. Sobre a nova lei, garante apenas que “vão aplicar o que for proposto”.
Alexandre Fonseca, também motorista da Uber presente na concentração, afirma ter sido “vítima de agressão na semana passada”. “Nós temos sido constantemente chamados para locais ermos, de forma a provocar psicologicamente e pela violência física”.
Violência após reunião com assessor do primeiro-ministro
A reunião de segunda-feira à tarde com o assessor do primeiro-ministro não terá resultado em nada concreto e não passou de uma “manobra de diversão”, consideram os taxistas. O descontentamento era tal que alguns motoristas de Táxi, após o encontro com o representante de António Costa, no caminho de regresso à Praça dos Restauradores bateram e cuspiram em carros que pensavam estar a funcionar como Uber, segundo o Observador.