Marcelo Rebelo de Sousa defendeu hoje que não é a destruir o passado que se resolvem problemas do presente.
O Presidente da República esteve nas instalações da RTP, em Lisboa, para uma das aulas em direto do projeto de ensino #EstudoEmCasa e, à saída, em resposta aos jornalistas, acabou por explicar a sua posição relativamente à luta contra o racismo.
Marcelo Rebelo de Sousa fez saber a sua opinião relativa aos movimentos de luta contra o racismo que se assistem um pouco por todo o mundo e falou especificamente da destruição e vandalização de estátuas que aconteceu também em Portugal. Recorde-se que a estátua do Padre António Vieira, em Lisboa, foi pintada com a mensagem de “descoloniza”.
Marcelo foi soberano ao afirmar-se contra este tipo de demonstrações de violência. O Chefe de Estado entende que a vandalização de estátuas mostra “ignorância e imbecilidade” e que “não há razão nenhuma hoje que justifique destruir a história, que justifique estar a vandalizar o que são testemunhas da personalidade da nossa história”
O Presidente da República justificou o uso da palavra “imbecil” dizendo que “é difícil não saber que ele [Padre António Vieira] foi uma das grandes figuras do país. Para a sua época, este homem era um visionário”. “Destruir estátuas não é uma forma inteligente de combater o racismo”, concluiu.
Marcelo apelou ao bom senso e afirmou que é preciso aceitar e “respeitar” a nossa “história como um todo” mesmo sabendo que a história tem hoje em dia um significado diferente daquele “que tinha na altura”.