O Presidente da República reagiu aos resultados nos Jogos Olímpicos realçando que a “força de Portugal” reside na diversidade cultural.
“É bom que pensemos que, dos quatro medalhados, três são de origem direta ou indireta africana: um afro-cubano português, uma angolana portuguesa, outro são-tomense português. Isto mostra que realmente Portugal é grande quando consegue a integração efetiva daqueles que de fora vêm, cá nasceram, ou não nasceram cá e cá chegaram no decurso das suas vidas”, afirmou esta quinta-feira, dia 5 de agosto, Marcelo Rebelo de Sousa.
O Presidente da República falou ao país após a medalha de ouro vencida por Pedro Pichardo, que fez com que Portugal atingisse a melhor prestação de sempre nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, realçando que a “força de Portugal” reside na diversidade cultural.
Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que “de vez em quando” se encontra em Portugal “tantos que aberta ou veladamente têm na cabeça fantasmas de discriminação étnico racial”, e estes devem lembrar-se que, “quando se orgulham com medalhas nas olimpíadas”, essas são devidas “a todos eles: portugueses hoje, mas de várias origens, de várias etnias”.
“Esta é uma mensagem forte de alegria por esta delegação olímpica, mas também de orgulho português, mas de orgulho português não xenófobo, não racista, não limitativo, mas abrangente. É essa a riqueza de Portugal, temos é de fazer avançar esta riqueza noutros domínios onde tem sido mais difícil fazer chegar ao topo aqueles que vêm de origens diversas daquelas que muitas vezes são consideradas como as únicas verdadeiramente nacionais”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que “achar que só são bons os brancos ou os nacionais de origem é uma uma forma de xenofobia, racismo ou discriminação”, defendendo por isso que são “discussões menores”. “Deve ser essa a nossa riqueza, uma sociedade aberta e inclusiva, não intolerante e que perde tempo com tricas de segunda ordem”, concluiu.