Os médicos de família e os farmacêuticos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) iniciam hoje novas greves para exigir avanços nas negociações sobre a valorização das carreiras e salários.
O Sindicato Independente dos Médicos convocou uma greve de um mês ao trabalho extraordinário dos médicos de família, afetando dezenas de milhares de consultas nos centros de saúde. O sindicato exige negociações sobre a valorização das carreiras e grelhas salariais, já que até agora não foram apresentadas propostas do governo.
A greve ao trabalho extraordinário nos centros de saúde afetará especialmente os atendimentos complementares, que somam cerca de 800 mil por ano. O protesto é também um reflexo da carência de médicos, que se tornou uma situação provisória que parece durar indefinidamente.
Durante a Jornada Mundial da Juventude, os médicos vão parar entre 1 e 6 de agosto nos concelhos de Lisboa e Oeiras.
Os médicos exigem a recuperação do poder de compra, já que a tabela salarial não é revista há cerca de 12 anos. O Governo propôs um aumento de 1,6%, mas o sindicato pede a reposição do poder de compra.
Além da greve às horas extraordinárias, o Sindicato Independente dos Médicos também marcou uma greve de âmbito nacional que ocorrerá entre terça e quinta-feira.
Greve dos Farmacêuticos
Por outro lado, o Sindicato Nacional dos Farmacêuticos convocou uma greve nacional que começa hoje e inclui paralisações regionais em 05 e 12 de setembro, terminando com uma nova greve nacional em 19 desse mês.
O sindicato reivindica a atualização das grelhas salariais, contagem integral do tempo de serviço para promoção e progressão na carreira, adequação do número de farmacêuticos às necessidades do serviço público e o reconhecimento por parte do Ministério da Saúde do título de especialista.